Integrantes do coletivo e do orçamento participativo foram convidados por Luciana Genro a irem à Comissão.
Integrantes do coletivo e do orçamento participativo foram convidados por Luciana Genro a irem à Comissão.

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A convite da deputada Luciana Genro, o projeto cultural Cohab É Só Rap esteve na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (1º/12) relatando que estão ameaçados de despejo pela prefeitura de Porto Alegre. Localizada no bairro Rubem Berta, a entidade sem fins lucrativos realiza ações sociais, com festivais de hip hop, festa junina, comemorações de Dia das Crianças e de Páscoa, distribuição de brinquedos e alimentos para o Natal, entre outras iniciativas.

O espaço foi cedido para o coletivo quando o atual prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, era vice-prefeito, em negociações feitas pelo próprio Melo. Ele deu a orientação de que a iniciativa deveria passar por aprovação do orçamento participativo, o que foi feito na época e foi aprovado. Agora, a prefeitura entrou com um mandato de reintegração de posse da área, alegando que não há nada acontecendo no local.

“A gente vem negociando desde a época que fomos colocados no orçamento participativo, quando o Melo era vice-prefeito. E agora eles colocaram um mandado de despejo, ao invés de dialogar. Só queremos trabalhar pela comunidade, que é de alto risco e tem uma necessidade da juventude ter uma ocupação para trocar o gatilho pelo microfone”, expôs Cleusi Coelho, delegado do OP e ex-presidente da Associação dos Moradores do Rubem Berta (Amorb).

Tânia Mara, Cleusi e Leandro destacaram importância das ações realizadas no local.

Leandro Coelho, o Tiry, mencionou a importância do espaço para a cena musical do estado. “O festival Cohab É Só Rap é um dos principais festivais de rap do sul do país. Pedimos o espaço como único espaço convergente cultural no bairro Rubem Berta”, apontou. Já Tânia Mara, conselheira do OP, abordou a importância do trabalho social realizado no local. “Não queremos briga com o prefeito, gostaríamos que ele recebesse a gente. Eles fazem um trabalho social, eles tiram os jovens da rua. Onde vão parar as nossas crianças?”, questionou.

Luciana Genro encaminhou que a Comissão solicite a ata da época em que o local foi cedido para o coletivo, com a assinatura de Melo, e peça que o prefeito receba o movimento e suspenda a reintegração de posse. O vereador Pedro Ruas, também do PSOL, falou diretamente com Melo, que disse não ter conhecimento das atividades que acontecem no local. O vereador também está intermediando um encontro entre o coletivo e a prefeitura.