Luciana Genro conheceu o projeto elaborado pela escola de Livramento.
Luciana Genro conheceu o projeto elaborado pela escola de Livramento.

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A deputada Luciana Genro (PSOL) foi convidada pela Escola Municipal Pacheco Prates, em Santana do Livramento, para conhecer o projeto “Adote um Ciclo”, organizado pela professora Priscila Leal. Além da distribuição de absorventes para as estudantes, os alunos do 9º ano do ensino fundamental também participam de debates que visam a conscientização sobre a pobreza menstrual.

Luciana conversou sobre o tema com os alunos da escola e comentou sobre a importância de as escolas organizarem esses debates, pois, apesar de parecer um problema de fácil resolução, o poder público ainda não toma as devidas providências.

A deputada apontou que falar sobre menstruação ainda é um tabu, porque a saúde e corpo das mulheres ou homens trans que menstruam ainda são repletos de estigmas e de preconceito. O tabu e a desigualdade social fazem com que crianças e adolescentes que menstruam deixem, muitas vezes, de frequentar o ambiente escolar pela falta de acesso ao item de higiene básica: o absorvente. No Brasil, uma a cada quatro estudantes deixaram de frequentar as aulas no período menstrual, o que totaliza cerca de 45 dias de aulas perdidos no ano, causando ainda mais desigualdade de gênero na formação educacional.

Proposta da escola dialoga com dois projetos da deputada.

O veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que previa distribuição de absorventes e produtos de higiene destacou ainda mais a política machista e elitista do governo, negando um direito básico de que crianças não tenham obstáculos para frequentar a escola.

Na Assembleia Legislativa, Luciana Genro é autora de dois projetos sobre a temática. O primeiro deles é o PL 158/2020, intitulado Menstruação Sem Tabu, que prevê a distribuição de absorventes para crianças e adolescentes de baixa renda e também a realização de debates em espaços públicos. O segundo, o PL 96/2021, é voltado especificamente para pessoas privadas de liberdade. Ambos aguardam parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para ir à votação em plenário.