Foto: Luiz Damasceno/ Cpers
Foto: Luiz Damasceno/ Cpers

| Educação

A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa ouvirá, na próxima terça-feira (24/08), a professora Vivian Vieira dos Santos, diretora da Escola Estadual Erica Marques, do município de Terra de Areia. A solicitação foi feita pela deputada Luciana Genro (PSOL), que vem acompanhando a situação do colégio e cobrando do governo do Estado uma solução para a escola, cujas obras estão atrasadas há três anos.

A deputada enviou, ainda em junho, ofício pedindo informações da Secretaria Estadual de Educação sobre o atraso nas obras da escola. O governo então informou que a empresa contratada para fazer as reformas havia rescindido o contrato, o que ocasionaria a necessidade de nova licitação para contratação. A denúncia foi trazida ao mandato pelo vice-diretor, Felipe Kras de Oliveira, que contou que diversas empresas já começaram a trabalhar nas reformas, mas nenhuma termina o serviço. 

A diretora relata que as obras foram necessárias devido ao transbordamento de um esgoto, que ficava a céu aberto no meio da escola toda vez que chovia, além de goteiras e problemas elétricos. Desde 2018, as obras já começaram e foram interrompidas três vezes.

Obras estão novamente interrompidas na escola. Foto: Luiz Damasceno/ Cpers

Os 600 estudantes da escola, a única que oferece de Ensino Médio do município, se encontram precariamente instalados em um Salão de Festas de uma sociedade esportiva, alugado pela Seduc, ou assistindo às aulas de forma remota, o que vem aumentando a evasão escolar. Devido à falta de espaço no local alugado, os estudantes das séries finais e do Ensino Médio não puderam retornar ao ensino presencial ou híbrido. Alguns alunos também transferiram seus estudos para escolas em cidades vizinhas devido à falta de perspectivas.

“A comunidade de Terra de Areia precisa saber qual a previsão de conclusão destas obras, que já duram três anos. Precisamos que o Estado priorize a situação dessa escola, a única que oferece Ensino Médio no município. São 600 famílias que estão desassistidas”, ressaltou Luciana Genro.