A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) se reuniu nesta segunda-feira (7) com representantes dos servidores do Judiciário gaúcho a respeito do projeto de lei 147/2021, que consolida o plano de carreira da categoria. O encontro foi solicitado pelas entidades ligadas ao setor: Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindjus/RS), Associação dos Oficiais de Justiça do Rio Grande do Sul (Abojeris) e Associação dos Servidores da Justiça do RS (ASJ).
Na reunião, os servidores contaram como foi feito o projeto, elaborado pela categoria em conjunto com a administração do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). Os trabalhadores lembraram que a greve de 2019 – quando a categoria fez uma forte mobilização em todo o estado para derrotar um projeto que iria prejudicar a carreira dos atuais servidores – foi fundamental para garantir a vitória que resultaria na apresentação do plano.
O PL 147/2021 institui seis cargos, em substituição aos 48 que existem atualmente. Os cargos efetivos instituídos pelo projeto serão organizados em carreiras, as quais são compostas pelas classes “A”, “B” e “C” e por padrões de vencimento para cada classe. A justificativa do PL argumenta que a aprovação do plano de carreira não resulta em aumento de despesas no ano de 2021. A proposta também não modifica em nada as carreiras de juízes e desembargadores.
“Apesar de não ser o plano de carreira perfeito que nós defendíamos, foi o plano possível devido à atual conjuntura. E é fundamental para nós o apoio da deputada Luciana Genro, que é uma defensora histórica do direito dos servidores públicos e dos serviços públicos”, avalia o Coordenador-geral do Sindjus-RS, Fabiano Marranghello Zalazar. Também participaram da reunião os dirigentes da Abojeris, Valdir Bueira e da ASJ, Paulo Olympio.
Na reunião, Luciana Genro reforçou seu apoio à proposta e falou sobre a conjuntura política na Assembleia Legislativa para a aprovação do projeto. “Essa proposta é fundamental para que seja instituído um plano de carreira para os servidores do Judiciário, uma demanda histórica da categoria. O TJ do Rio Grande do Sul é o único do país onde os trabalhadores ainda não possuem um plano de carreira. Me prontifiquei a auxiliar em tudo que está no nosso alcance para deixar o trâmite mais célere”, disse a deputada.