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| Segurança Pública | Serviço Público

Por Luciana Genro

Como vocês devem saber, sou deputada estadual do PSOL. Não é a primeira vez que tenho um mandato. Já fui deputada estadual (1995-1998 e 1998-2002) e também federal ( 2003-2006 e 2007-2010). Também fui candidata à presidência da República pelo PSOL em 2014. Em todas estas oportunidades estive ao lado dos Brigadianos na luta pelos seus direitos. Na greve dos Brigadianos gaúchos de 1997 estive, junto com o hoje vereador Roberto Robaina, apoiando aquele movimento histórico. Em Brasília, estive junto na na luta pelo piso nacional para a categoria. Em 2003 fui expulsa do PT por que me neguei a apoiar a reforma da Previdência. Nunca aceitei dar meu voto contra os trabalhadores e servidores públicos, sejam civis ou militares.

Agora estamos diante de um ataque sem precedentes aos servidores e ao serviço público. O governo Eduardo Leite repete a mesma tentativa de Yeda e Sartori: colocar a culpa da crise nas costas dos trabalhadores, preservando os interesses dos grandes empresários, dos sonegadores e poupando o governo federal de nos pagar o que deve.

Estudo feito pela assessoria jurídica da Bancada do PSOL na Assembleia Legislativa.

O pacote do governo Leite atinge de forma cruel as patentes da base da Brigada Militar. São os soldados os que mais irão sofrer com as medidas. Eles irão perder salário ao longo da carreira. Todos irão perder com as mudanças na previdência e o aumento da contribuição.

Não dá para exigir esse sacrifício dos Brigadianos, que estão nas ruas todos os dias combatendo o crime organizado e sujeitos à violência urbana. O que o governo Leite está propondo é uma injustiça para uma categoria que já trabalha muito e em condições precárias, com pouco efetivo. Uma categoria que está morrendo nas ruas, e que ainda terá seu salário rebaixado pelo governo.

Tenho recebido muitas mensagens no WhatsApp de brigadianos e policiais indignados contra o pacote do governo Leite. Contem comigo nesta luta. Meu voto é NÃO a este conjunto de medidas! Somente a mobilização dos servidores nas ruas é que poderá barrar na Assembleia esse ataque sem precedentes ao serviço público gaúcho.