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| Eduardo Leite | Funcionalismo | Notícias
Reunião aconteceu na manhã desta quinta-feira, 05 de fevereiro | Foto: Juliana Almeida

A deputada estadual Luciana Genro, do PSOL, defendeu a manifestação da população e a manutenção da democracia em um encontro com representantes dos trabalhadores da CEEE, da Sulgás e da CRM nesta terça-feira, na Assembleia Legislativa. A reunião aconteceu nesta terça-feira, 5/02, mesmo dia em que o governador Eduardo Leite formalizou o ataque para privatizar as estatais sem a necessidade da realização de um plebiscito para consulta da população.

Entre as pautas debatidas, estiveram a mobilização dos servidores contra a privatização e um processo judicial contra o governo do Estado. A deputada colocou seu mandato à disposição dos servidores, apoiou a ação judicial e ressaltou a necessidade da união de sindicatos e sociedade contra as privatizações e em uma campanha em defesa da democracia.

“A judicialização é uma importante e necessária medida, mas sabemos que o sistema judiciário pode ser tendencioso e não atender as demandas de quem está sendo atacado. É preciso criar um ambiente político que combata esse ataque aos direitos sociais. É preciso também questionar em uma campanha porque o governador tem medo da democracia, porque quem quer retirar o direito da população de opinar em um plebiscito tem medo dessa manifestação sobre o patrimônio público do Rio Grande do Sul”, destacou Luciana.

Estiveram na reunião integrantes da Adefers (Associação dos Funcionários em Defesa das Estatais e do Patrimônio Público do Rio Grande do Sul), do Senergisul (Sindicato dos Eletricitários do RS), do Sitramico (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do RS), do Senge (Sindicato dos Engenheiros-RS), entre outros.

A presidente do Senergisul, Ana Maria Spadari, apontou que a CEEE está presentes a receber R$ 8 bilhões de uma ação judicial movida contra a União e a Aneel buscando o reconhecimento do custo que teve com os ex-autárquicos (antigos servidores aposentados vinculados à companhia). Há cinco anos, o Estado recebeu R$ 3 bilhões relativos à compensação de pagamentos desses ex-servidores.

“Como um Estado pode abrir mão desse recurso que pode salvar as contas? Já há muitas reclamações nas cidades atendidas pela RGE, por exemplo, mostrando que a privatização não é a solução”, exemplificou Ana Maria.

O presidente da Adefers, Fabrício Vilneck Cavalheiro, ressaltou a preocupação com os promessas já cumpridas pelo governador de seguir atacando os direitos dos servidores e enumerou as iniciativas propostas para evitar o avanço dos ataques, como a coleta de assinaturas em um abaixo-assinado e moções de apoio nas Câmaras de Vereadores do RS para pressionar o governo.

Como encaminhamentos, estão um abaixo-assinado pedindo a manutenção do plebiscito para a decisão das estatais, uma nova reunião na próxima terça-feira e a manifestação das entidades no Fórum de Defesa das Estatais no próximo dia 21, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.

A reunião foi conduzida pelo coordenador da bancada do PSOL, Pedro Ruas, e teve a participação dos deputados Sofia Cavedon e Jeferson Fernandes, do PT, e representantes da deputada Juliana Brizola, do PDT, e de Edegar Pretto, também do PT.

Servidores da CEEE, CRM e Sulgás participaram de reunião com deputados da oposição | Foto: Juliana Almeida