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| Rio Grande do Sul | Saúde

Em Livramento, a Santa Casa de Misericórdia está sem receber repasses desde agosto

A situação dos hospitais e Santas Casas do Rio Grande do Sul está cada dia mais dramática. Administradores e profissionais da saúde apontam que essa é uma das piores crises das últimas décadas, com a consequente restrição em atendimentos por causa da falta de recursos para comprar materiais e pagar funcionários.

O governo Sartori está chegando ao fim com uma dívida de R$ 655 milhões nos repasses, segundo dados da Famurs e da Federação das Santas Casas. Mais da metade da população do Estado já sente o efeito do cancelamento de consultas e do funcionamento dos hospitais apenas em regime de urgência e emergência. Segundo dados do jornal Zero Hora, 16 instituições que são referência para moradores de 259 cidades estão sendo afetadas por essa falta de repasses.

Em situações muito complicadas estão o Hospital de Cruz Alta, que pode fechar totalmente dentro de um mês caso os atrasos continuem, e a Santa Casa de Misericórdia de Santana do Livramento, com repasses atrasados desde agosto. Em Cruz Alta, há falta de verbas para comprar materiais e os funcionários estão com parte dos salários de setembro atrasados, além de não terem recebido nenhum valor desde outubro. Em Livramento, a técnica em enfermagem e funcionária do SAMU Jandira Vieira relata que os funcionários receberam metade do salário de outubro, e, desde então, estão sem perspectiva de quando vão receber os próximos vencimentos.

Sabemos que a crise financeira do RS existe, mas é preciso interesse e disposição para enfrentá-la e tratar a saúde como prioridade. Nossa defesa sempre foi pelo combate à sonegação de impostos das grandes empresas, pela revogação das isenções fiscais sem critérios, pela auditoria da dívida do Estado com a União e pela revogação da Lei Kandir. Os recursos existem, basta coragem e seriedade para mexer onde for preciso para garantir recursos em áreas essenciais para a população!