Convidada a participar de um painel sobre “Direitos e Democracia” promovido pela Frente Ampla do Chile, em Santiago, Luciana esteve ao lado da ex-candidata da Frente Ampla à Presidência do Chile, Beatriz Sánchez, que obteve 20% na eleição de novembro, e do deputado nacional eleito pela Frente Ampla Tomás Hirsh. O forte desempenho de Beatriz e da Frente, que elegeu 20 deputados e um Senador deveu-se ao crescente descontentamento da população chilena ante as políticas neoliberais dos partidos da esquerda tradicional, em especial em áreas como Previdência, que hoje é exclusivamente privada no país, e financiamento estudantil.
Luciana defendeu o reforço das mobilizações populares para “desestruturar” as forças neoliberais e retrógradas que destroem os direitos dos trabalhadores.
De acordo com Luciana, os neoliberais ganharam terreno no Brasil graças às alianças desastradas do PT com o PMDB e outros partidos de direita e ao desestímulo às mobilizações durante os governos petistas. “Na primeira oportunidade eles viram a mesa e voltam a assumir o poder”, disse, em referência ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Participou ainda do debate o deputado federal eleito pela Frente Ampla Thomás Hirsch, do Partido Humanista. Para ele, o pleno acesso à democracia segue como um objetivo no Chile, pois a população ainda não goza de direitos básicos como aposentadoria digna, e é necessário reverter a vantagem obtida até aqui pelo neoliberalismo na “batalha cultural”, que coloca o individualismo acima dos interesses do conjunto da população.
Luciana finalizou dizendo que o sucesso eleitoral da Frente Ampla, que se separou claramente de Bachelet no processo eleitoral, deve servir de inspiração para o PSOL.
Amanhã, dia 8, Fernanda Melchionna, vereadora do PSOL de Porto Alegre também estará no Chile. Além de integrar as mobilizações do dia 8 de março, Fernanda participa de um debate sobre reforma da previdência.