Por Luciana Genro
A posse dos prefeitos em todo o país no dia 1 foi marcada por discursos sobre a crise e as medidas para enfrentá-la. Nas principais capitais, que serão governadas por diferentes partidos, a proposta foi a mesma: ajuste fiscal às custas de corte de investimentos, arrocho salarial, ataques aos trabalhadores e desmonte do setor público. Uma receita que já vem sendo aplicada pelos governos estaduais e defendida pelo Palácio do Planalto, com um péssimo resultado na vida do povo.
Em Porto Alegre, os vereadores votam hoje a “reestrutuação administrativa” do prefeito Nelson Marchezan, do PSDB, que extingue a Secretaria do Meio Ambiente mais antiga do Brasil, elimina a Secretaria dos Dirteitos Humanos e também acaba com a Secretaria dos Direitos Animais, que desenvolve um trabalho pioneiro na cidade. Em outras capitais ocorre o mesmo: o desmonte da área social em nome de um ajuste onde apenas os pobres e os trabalhadores pagam a conta.
Nós, do PSOL, acreditamos que a crise deve ser enfrentada de outra forma. É preciso coragem para combater a sonegação de impostos, rever as isenções fiscais a grandes empresas e taxar os milionários e o sistema financeiro. Assim os governos terão recursos para investir em saúde, educação, segurança e moradia a quem mais precisa. É preciso fortalecer as política sociais e protetivas. Em 2017 o PSOL, com sua militância aguerrida, seus parlamentares e dirigentes seguirá lutando, nas ruas e nos espaços políticos, para demonstrar que um outro caminho é possível.