Neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, os trabalhadores do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre, realizaram uma mobilização para denunciar as precariedades e dificuldades enfrentadas por servidores e usuários do SUS. O GHC é o maior complexo hospitalar de saúde pública do Rio Grande do Sul e é administrado pelo governo federal.
O ato foi organizado pela Associação dos Servidores do GHC (ASERGHC) e pelo Sindisaúde/RS e contou com a presença da ex-deputada Luciana Genro, pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, do dirigente do PSOL, Roberto Robaina, e da vereadora Fernanda Melchionna. Durante a mobilização, as entidades organizaram uma consulta popular dirigida aos trabalhadores e usuários do SUS para saber qual alternativa eles defendem para a saída da crise: Fica Dilma, Governo Temer ou Eleições Gerais.
Valmor Guedes, presidente da ASERGHC, disse que os trabalhadores da saúde vivem uma situação de “sobrecarga emocional e física” que “transforma nossa vida num inferno”. Ele reclamou da perseguição que os servidores sofrem da direção do GHC. “Este dia para nós é um dia de luta. Não vamos baixar a cabeça. Estão usando o discurso da crise para dizer que vamos ter que fazer sacrifícios, mas os trabalhadores não criaram esta crise”, denunciou.
Arlindo Ritter, presidente do Sindisaúde, lamentou a situação das emergências superlotadas em Porto Alegre e saudou a presença de Luciana Genro na mobilização. “A saúde está na UTI. Os pacientes vivem um drama diário para conseguir atendimento e os servidores atuam em péssimas condições de trabalho”, disse Luciana.
Já Roberto Robaina destacou que os sindicatos de trabalhadores da área da saúde estão na linha de frente da defesa dos direitos dos usuários do SUS. “Quem mais se organiza para defender uma saúde pública de qualidade são os trabalhadores da saúde”, comentou.
Fernanda Melchionna criticou a prefeitura pelo corte de R$ 80 milhões na área da saúde, “enquanto o cabide de emprego dos cargos em comissão (CCs) permanece intacto”.