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Vladimir Safatle, Roberto Robaina e Márcio Cabreira participaram de debate mediado por Luciana Genro

Vladimir Safatle, Roberto Robaina e Márcio Cabreira participaram de debate mediado por Luciana Genro

Redação #Equipe50

No sábado (23/01), a Fundação Lauro Campos e o PSOL gaúcho realizaram um debate a respeito da crise e das possibilidades de resistência no Brasil. O evento contou com a mediação de Luciana Genro e as presenças do filósofo Vladimir Safatle, do dirigente nacional do PSOL, Roberto Robaina, e do secretário de Relações Internacionais do PPL, Márcio Cabreira.

Safatle criticou a ideia de que o Brasil vive uma “onda conservadora”. Segundo ele, essa tese gera imobilismo social através da exploração do medo. “Esse pressuposto esconde um fato fundamental: em todo lugar onde tem uma direita que cresce, tem uma esquerda que fracassou. A onda conservadora vem do governo”, disse.

Para o filósofo, a esquerda não pode permitir que “o medo se transforme no afeto político central”. Para isso, é preciso propor algo novo, que proporcione uma perspectiva de mudança real ao povo. “Precisamos inventar uma nova subjetividade política. Governar não é dirigir. Governar é garantir as condições para que o povo dirija a si mesmo”, concluiu.

Roberto Robaina destacou que as eleições municipais de 2016 apresentarão uma nova alternativa à população em pelo menos três grandes capitais brasileiras, com as candidaturas do PSOL em Porto Alegre (Luciana Genro), no Rio de Janeiro (Marcelo Freixo) e em Belém (Edimilson Rodrigues) – todas com chances reais de vitória, através de um amplo processo de mobilização e envolvimento popular. Para ele, isso é reflexo de um 2015 que começou com protestos comandados pela direita e terminou com uma revolta juvenil de esquerda em São Paulo. “Começamos 2015, em março, com milhares nas ruas, e terminamos o ano com outro milhares, mas de jovens secundaristas derrotando o PSDB em São Paulo”, recordou.

Já Márcio Cabreira comentou que “a desonestidade eleitoral do PT fez um estrago na esquerda brasileira”. Para ele, as eleições de 2016 serão “absolutamente nacionalizadas”. “Luciana Genro encarna a marca da mudança. Ninguém pode dizer que ela sucumbiu ao modelo político tradicional”, reforçou.

Assista à integra do painel “Brasil: Dinâmica de Crise e Resistência”