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Luciana Genro visitou comunidades no Belém Velho e na Lomba do Pinheiro

Por Redação #Equipe50

A moradia digna é um direito de todos os cidadãos, garantido pela Constituição. Mas, na prática, não é isso que vemos no Brasil. Em Porto Alegre, dezenas de milhares de pessoas não têm onde morar ou vivem em condições precárias.

É o caso de muitas comunidades na periferia da cidade que, afastadas do Centro, enfrentam todo tipo de problema e vivem à margem de qualquer política pública. Luciana Genro visitou, no dia 3 de outubro, a Cooperativa Habitacional Cidade Nova, no bairro Belém Velho, no extremo Sul de Porto Alegre, e o Vale das Aroeiras, na Lomba do Pinheiro, Zona Leste da Capital.

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Comunidade Cidade Nova reivindica creche e serviço de assistência social para retirar os jovens das ruas

Na Cooperativa Cidade Nova, as 165 famílias ainda lutam para conquistar a regularização da área e acesso à energia elétrica. Mas o principal desafio da comunidade é a conquista de uma creche para as crianças pequenas e de programas socioeducativos que propiciem atividades para os jovens. “Temos que retirar as crianças das ruas. A nossa maior luta é evitar que elas trabalhem para o tráfico”, confessa Adriana Fontoura, presidente da Cooperativa. Ela cobra a permanência de uma creche vinculada ao Serviço de Apoio Socioeducativo (Sase) da prefeitura, que oferece atividades extracurriculares e alimentação aos jovens no turno inverso ao da escola.

Já o Vale das Aroeiras, na Lomba do Pinheiro, enfrenta dificuldades em relação à coleta de lixo, que é extremamente precária na região. “Imagina o lixo todo espalhado com essa chuva? Traz ratos e as crianças ficam expostas ao esgoto. Chega a dar dó ver elas caminhando com os pés descalços”, lamenta o líder comunitário Odil Ferreira.

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“A prefeitura precisa escutar as pessoas para conhecer melhor os problemas e as soluções”

A comunidade sequer conta com acesso regular à água, esgoto e energia elétrica. Isso gera uma série de transtornos às 360 famílias que vivem no local, especialmente durante o período das chuvas. “Estamos totalmente abandonados pelo poder público. Aqui os vizinhos se ajudam a conseguir água, luz, acesso à rua. Temos que resolver tudo dentro da comunidade, pois não temos acesso aos serviços públicos”, comenta Simone Santos, conhecida como “Mineira”, que está assumindo a presidência da Associação dos Moradores do Vale das Aroeiras (AMOVAR).

Para Luciana Genro, a situação nas comunidades da periferia de Porto Alegre é crítica e requer uma ação forte da prefeitura. “O governo municipal prefere atender aos interesses das construtoras e dos ricos. Enquanto isso, o povo que mais precisa dos serviços públicos não tem acesso a eles. É preciso inverter essa prioridade e colocar a prefeitura à serviço das comunidades. Além disso a prefeitura precisa escutar as pessoas para conhecer melhor os problemas e as soluções”, disse.