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Por Redação #Equipe50

Crédito: Luciano Victorino

Crédito: Luciano Victorino

Candidata do PSOL à Presidência da República em 2014 e ex-deputada federal, Luciana Genro esteve na Plenária do PSOL em Porto Alegre, na tarde deste sábado (07/03) – um dia após a divulgação dos primeiros nomes de políticos envolvidos na operação Lava-Jato. Em seu pronunciamento, Luciana fez uma análise da situação política brasileira, gaúcha e porto-alegrense, afirmando que somente a mobilização dos trabalhadores pode enfrentar pela esquerda a política de ajuste fiscal do governo Dilma. A Plenária contou com a presença de cerca de 150 pessoas, dentre elas o deputado estadual Pedro Ruas, do dirigente nacional Roberto Robaina e dos vereadores de Porto Alegre Fernanda Melchionna e Prof. Alex Fraga.

Luciana defendeu uma ampla mobilização classista e de esquerda para se contrapor às manifestações que estão sendo organizadas pelos aliados do governo e pela oposição de direita: uma para o dia 13 de março e outra para o dia 15. “Dilma cometeu estelionato eleitoral e isso gerou uma sensação de indignação muito grande no povo. A direita buscou se apropriar deste sentimento. Por outro lado, o governo tenta dar uma resposta com o dia 13. O PSOL tomou uma posição correta e disse: Nem 13, nem 15. Queremos construir uma oposição de esquerda para enfrentar o ajuste de Dilma/Levy e a direita”, resumiu.

Para Luciana, a operação Lava-Jato aprofunda a já grave crise política que assola o país e isso, associado à situação de deterioração na economia, está provocando indignação na população e pode possibilitar um ambiente de revolta na classe trabalhadora. “Esse esquema de corrupção que foi desvelado na Petrobras, e que salta aos olhos na ação judicial apresentada ao Supremo – demonstra que o sistema está podre. O método de governar da burguesia é o método da corrupção”, classificou.

A dirigente do PSOL reforçou que 2015 começou embalado em lutas e greves e citou o Paraná, governado pelo tucano Beto Richa, como exemplo para o país. “O Paraná talvez seja o mais contundente exemplo de luta do funcionalismo público contra os governos estaduais”, expressou.

Ao comentar sobre o Rio Grande do Sul, Luciana ressaltou que o governador José Ivo Sartori (PMDB) “ainda não disse a que veio” e projetou que haverá uma forte mobilização do funcionalismo público contra o peemedebista, que já está ameaçando não pagar salários. “Faz dois meses que Sartori está governando e não disse a que veio. Nem os projetos ruins que ele tem ele não apresentou até agora. E ao mesmo tempo vem ameaçando que vai atrasar os salários do funcionalismo. Ele está brincando com o fogo, pois o funcionalismo vai reagir”, comentou.

Sobre Porto Alegre, Luciana afirmou que é necessário elaborar um programa para apresentar à sociedade. “Em 2016 temos uma tarefa importante de apresentar um programa que construa Porto Alegre como uma cidade rebelde. Estou à disposição de todos os companheiros para fazer reuniões nos bairros, nas casas e ouvir os problemas que o povo mais pobre nas periferias está enfrentando”.