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Por Redação #Equipe50

Crédito: Divulgação PSOL

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Em entrevista coletiva iniciada por volta das 20h10 deste domingo (05), quando os números da apuração no país estavam consolidados, a presidenciável do PSOL, Luciana Genro, concedeu entrevista coletiva na sede do partido em Porto Alegre e comemorou o que definiu como uma “enorme vitória política” no pleito. “Nós dobramos a votação do PSOL em relação a 2010, o que demonstra que o partido continua crescendo de uma forma constante. Tivemos um aumento significativo nas bancadas estaduais e federais do PSOL, passamos de três a cinco deputados federais e, estaduais, passamos de seis para 12. É uma curva ascendente de votação no PSOL, fico muito satisfeita em ter contribuído para esse processo”, ponderou a candidata.

Luciana também lembrou a importância de ter colocado no centro do debate eleitoral nacional pautas importantes que antes eram deixadas de lado, como a taxação das grandes fortunas e a garantia de direitos civis a LGBTs e mulheres, e apontou a vitória sobre candidatos reacionários como um indicativo de ressonância dessas propostas no eleitorado. “O fato de termos ultrapassado o Fidelix e o Everaldo é muito importante, porque mostrou que as pautas progressistas têm mais força que as pautas reacionárias. Quero fazer uma referência especial à comunidade LGBT, que, junto com a juventude, foi a comunidade que mais me acolheu nesta campanha eleitoral. Foi uma resposta contundente, tanto ao Fidelix quanto ao Everaldo, que nós tenhamos deixado os dois para trás e demonstrado que a luta pelos direitos civis está mais forte no Brasil”, disse a presidenciável.

A candidata citou a dificuldade de enfrentar numa eleições candidatos em condições de desigualdade quanto aos recursos financeiros e à cobertura na mídia. “O poder econômico é muito preponderante nas eleições. As eleições são uma expressão muito distorcida da realidade, estão sempre cruzadas pelos milhões que os candidatos têm para fazer suas campanhas. As campanhas do PSOL, todas elas, a minha para a Presidência, a de nossos governadores e senadores, foram campanhas boicotadas por grandes veículos de comunicação, que não refletiram a realidade do que acontecia nas urnas e acabaram induzindo uma ideia de que havia apenas três candidatos viáveis. É claro que sempre queremos vencer as eleições, estávamos trabalhando para vencer, sabendo das enormes dificuldades e enormes discrepâncias do poder econômico, da cobertura da mídia e do tempo de TV. Eu fiquei muito feliz com a votação, acho que foi uma votação extraordinária. Imaginar mais de um milhão e meio de pessoas saindo de casa para votar no 50 é sem dúvida nenhuma uma ideia muito grandiosa, porque essas pessoas não tiveram nenhum incentivo por parte da mídia, nenhuma vantagem econômica ou promessa de empregos e cargos”, afirmou.

Segundo turno

O PSOL irá definir nos próximos dias seu posicionamento em relação à disputa do segundo turno.