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Por Redação #Equipe50

Crédito: Divulgação PSOL

Crédito: Divulgação PSOL

Na manhã desta terça-feira (30), a candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, participou de uma sabatina com alunos da FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo. As questões econômicas tomaram conta de boa parte da atividade e Luciana voltou a dizer que sua candidatura é a única que mostra como fará para conseguir os recursos para aumentar os investimentos em áreas fundamentais como saúde e educação. A atividade foi promovida pelo Diretório Acadêmico da FGV.

“Durante as campanhas eleitorais os candidatos prometem que vão investir mais na saúde e educação, mas não dizem de onde sairá o dinheiro para isso. As respostas são sempre vazias. A nossa campanha é a única que mostra quais interesses serão confrontados para resolver esses problemas estruturais. Nós vamos enfrentar os interesses dos bancos, das empreiteiras, dos especuladores, dos milionários. Assim conseguiremos atender os interesses do povo”, afirmou Luciana.

Os estudantes quiseram saber sobre duas das principais propostas do PSOL no campo econômico: a taxação das grandes fortunas e a auditoria da dívida pública. Sobre a dívida, Luciana insistiu que não dá para gastar 40% do orçamento todos os anos enquanto em educação são investidos apenas 4%. “Não é possível que todo o esforço econômico do país seja destinado para pagar os juros de uma dívida pública que tem sua legitimidade questionada pela Constituição. Precisamos contestar esse sistema”, disse a candidata.

Sobre aumentar a tributação dos milionários, Luciana afirma que é algo que está na Constituição e significa tornar o sistema tributário menos injusto. “Hoje se tributa fortemente o salário e o consumo e fracamente a riqueza e a propriedade. Mais da metade da arrecadação do Brasil vem de quem ganha até três salários mínimos e os grandes milionários sequer pagam o imposto sobre as grandes fortunas, que está na Constituição, mas nunca foi regulamentado. Nós propomos a mudança nesse sistema – aliviando a tributação sobre salário e corrigindo a tabela do imposto de renda – e aumentando a tributação sobre o capital”, pontuou Luciana.

Novo modelo

A candidata disse que o modelo político e econômico que vemos atualmente no país está falido e precisa ser urgentemente substituído. Entretanto, segundo ela, é o povo brasileiro que precisa encontrar seu próprio modelo. “O nome socialismo muitas vezes remete a experiências com as quais não temos nenhuma identidade. Nós não nos prendemos a modelos e o nome desse novo sistema que queremos construir pouco importa. O que importa é que ele não coloque o lucro acima do bem-estar das pessoas e que propicie uma desconcentração de riqueza”, disse.

Voto útil

Luciana aproveitou o encontro para chamar os jovens a votarem de forma consciente no primeiro turno e fortalecer as pautas da esquerda.” A eleição tem dois turnos. O segundo turno é a hora do voto pragmático, onde a gente escolhe o menos pior. Já no primeiro turno é hora de votar consciente. Se o PSOL tiver uma votação expressiva vai significar um fortalecimento das bandeiras que eu estou defendendo, mas que não são bandeiras minhas, são de todos que querem uma maior democracia, uma maior distribuição de renda”, disse.

O evento teve apresentação do estudante Etrus Pedrosa, aluno de Administração Pública e mediação de Fernanda Quiroga, também aluna de Administração Pública, e Maria Camila, pesquisadora da FGV e professora universitária. Gabriela Brepol, presidente do Diretório Acadêmico, também prestigiou a atividade.