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Por Redação #Equipe50

Crédito: Divulgação PSOL

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Em entrevista ao portal de notícias G1 na manhã desta terça-feira (2), a candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos humanos e da igualdade. “Sou a favor da família, por isso defendo a possibilidade do casamento civil igualitário. A defesa dos direitos LGBTs é uma defesa da família, de todas as famílias”, disse Luciana respondendo ao questionamento de uma internauta sobre as propostas da candidata do PSOL serem contra a família e os bons costumes.

Ainda sobre a ampliação dos direitos da população LGBT, Luciana defendeu que o tema da diversidade sexual seja debatido nas escolas afim de se erradicar o preconceito. “Eu incluiria na grade curricular o debate sobre respeito à orientação sexual e identidade de gênero. No caso dos direitos LGBTs, não se pode aceitar discriminação, desigualdade e meios direitos. Os nossos jovens precisam ter informação e a ideia é que a educação sexual seja absolutamente democrática, no sentido de respeitar todas as opiniões e valores”, afirmou.

Questionada por um internauta sobre como pretende governar sem apoio no Congresso – hoje o PSOL tem um senador e três deputados federais, Luciana disse que seu governo se apoiará na pressão popular. Segundo ela, os políticos têm dificuldades no Congresso porque enviam propostas que não são de interesse da população, por isso não têm apoio popular. “Como os governos querem aprovar medidas contrárias aos interesses do povo, precisam recorrer a esse balcão de negócios no Congresso, como foi o mensalão e com o Fernando Henrique comprando votos para reeleição. Como governarei para o povo, terei o apoio popular. E faz muita diferença quando há pressão popular, seja como nas manifestações de junho, seja simplesmente enchendo as galerias do Congresso”, disse.

Crédito: Divulgação PSOL

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Ao ser perguntada sobre os programas sociais do governo Dilma, como o Bolsa Família, Luciana reconheceu a utilidade de alguns, mas pontuou que eles são apenas paliativos e que não vão à raiz do problema. “Sou a favor de políticas de assistência social, como Bolsa Família e o Prouni. Só que não queremos que sejam as grandes políticas do governo. Essas são políticas paliativas. Precisamos também fazer as mudanças estruturais para permitir aos estudantes que tenham acesso às universidades públicas. Em relação ao Bolsa Família, as pessoas precisam ter oportunidade de trabalhar. Mas concordo que essas políticas precisam continuar enquanto esses problemas não forem resolvidos”, declarou Luciana.

Um internauta perguntou se, ao ser microempresário, ele teria motivos para votar em Luciana Genro. “Claro que sim, respondeu a candidata, que continuou “tu sabes muito bem das dificuldades que tu enfrenta no nosso sistema tributário. O BNDES, ao invés de apoiar pequenos empresários, tem concentrado recursos para apoiar grandes empresas. Os pequenos empresários, como tu, têm sido vítima de um modelo econômico que é extremamente concentrador e não dá chance. Vocês ficam nesse meio, prensados por uma carga tributária injusta e uma política monopolista e concentradora”, concluiu a presidenciável.

A candidata do PSOL também voltou a defender a tarifa zero. “A partir da revolução na estrutura tributária, aumentando tributo sobre os milionários, poderíamos ter mais recursos para investir em transporte público de qualidade. Nossa proposta é buscar um sistema de transporte com tarifa zero para todos. O problema da mobilidade urbana é uma tragédia nacional. A passagem é cara e o transporte é ruim”, disse Luciana.