Sentença do caso Crusius versus Ruas sai em 20 dias
Durou duas horas e meia a audiência no processo de difamação movido pelo professor Calos Crusuis (PSDB) contra Pedro Ruas (P-Sol), vereador de Porto Alegre. Nesta quarta-feira foram ouvidos os depoimentos da defesa e da acusação.
O deputado estadual Pedro Westphalen (PP), o jornalista Auber de Almeida e o diretor do Brde Mário Bernd (PPS) falaram em favor de Crusius. Ruas teve os depoimentos da deputada estadual Stela Farias (PT), da vereadora porto-alegrense Fernanda Melchionna (P-Sol) e do vice-governador do Estado, Paulo Feijó (DEM).
O resultado do julgamento só deve ser conhecido em 20 dias, quando o juiz Artur dos Santos e Almeida concluirá a análise do caso. A ação corre no terceiro juizado especial criminal de Porto Alegre.
A ação foi proposta por Crusius, que acusa Ruas de crime de difamação em razão de declarações feitas em um programa de televisão em 2009. Na ocasião, o vereador sustentou que o então marido da governadora Yeda Crusius (PSDB) teria desviado dinheiro da campanha eleitoral de 2006, quando a tucana se elegeu para o Piratini.
A estratégia da defesa é provar que Ruas se manifestou como parlamentar e num contexto em que as denúncias já eram de conhecimento público. “É um fato público, notório, não difamatório. Não fui processado por calúnia, mas por difamação. Ele (Crusius) não disse que menti a respeito dele”, argumentou.
Para Crusuis, Ruas evocou a imunidade parlamentar para fugir do processo. “É uma pretensa imunidade para fugir das consequências de suas exacerbações. Quem faz isso sabe que não tem razão. Moralmente esta questão já está resolvida. A questão legal compete ao Judiciário.”
O vice-governador Paulo Feijó foi o único a deixar a audiência sem falar com a imprensa. Alguns militantes do P-Sol estiveram na entrada do Fórum Central em apoio ao vereador, mas foram impedidos de acompanhar a audiência.