A semana vista pelo PSOL
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Debate: Plínio mostra mais uma vez a diferença do PSOL

No última debate da campanha presidencial, na Rede Globo, o candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, mais uma vez mostrou que é o único contrário à atual política econômica que privilegia os rentistas da dívida pública, que sugam a maior parte do orçamento público em detrimento das áreas sociais. O debate colocou o termo “dívida externa” entre os dez mais comentados do Twitter no mundo.

Como sempre, setores da grande imprensa criticaram a proposta de Plínio de auditoria da dívida, a denominando como “calote”, e procurando ridicularizar o fato de que o candidato ligou o tema da dívida a vários problemas, como saneamento básico, saúde, transporte, educação etc. Dessa forma, a imprensa mais uma vez se esquece de que em 2009 o Orçamento Geral da União destinou para a dívida pública 8 vezes mais recursos que a saúde, 12 vezes mais que a educação, 47 vezes mais que o transporte e 444 vezes mais que o saneamento.

A grande imprensa também ignora que o recente relatório final da CPI da Dívida na Câmara dos Deputados, aprovado pela própria base do governo e também pelo PSDB, reconheceu que a dívida pública brasileira é produto principalmente das altíssimas taxas de juros, ou seja, não serviu para o desenvolvimento nacional. Cabe ressaltar também que a aplicação de juros sobre juros já foi considerada como ilegal pelo Supremo Tribunal Federal, ou seja, é fundamental se realizar uma ampla e profunda auditoria para verificarmos que dívida é essa, quanto já pagamos e o quanto realmente devemos.

Informações coletadas pela CPI também documentaram que o Banco Central promove reuniões com representantes dos banqueiros e outros rentistas para discutir variáveis como inflação, juros e crescimento econômico, variáveis estas sempre utilizadas como justificativa para a altíssima taxa de juros brasileira, que termina por beneficiar os próprios banqueiros e rentistas às custas do povo.

Debates nos estados também mostram a marca do PSOL

Nesta semana, também foram promovidos debates com os candidatos aos governos de cada estado, sendo que grandes jornais divulgaram o posicionamento crítico dos candidatos do PSOL sobre as dívidas estaduais com a União.

No debate dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, Pedro Ruas questionou a dívida: “Temos que esclarecer que ou já está paga ou é menor. Ninguém sabe do que é constituida essa divida e quem são os credores – os banqueiros. Esse dinheiro, de R$ 2,2 bilhões por ano, deveria ficar aqui.”

Em Pernambuco, Edilson Silva questionou o pagamento da dívida pública aos agiotas. E em São Paulo, Paulo Bufalo disse: “A prioridade é dada à canalização para o pagamento das bolsas-banqueiros e não para o pagamento de políticas públicas, de políticas de indução para o nosso interior e as regiões metropolitanas.”

Nunca é demais lembrar que o recente relatório final da CPI da Dívida também concluiu que o índice utilizado para o reajuste das dívidas dos estados com a União (IGP-DI) se mostrou volátil e causou custo excessivo aos estados. Os recursos pagos pelos estados à União são utilizados por esta última para pagar a sua também questionável dívida ao setor financeiro.