Os dados da Receita Federal, divulgados na semana que passou, só reforçam a importância da regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas. A arrecadação cresceu, mas cresceu justamente devido aos tributos que incidem sobre o consumo e a renda do trabalho. Por exemplo a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Física aumentou em R$2,3 bilhões. Já os tributos incidentes sobre a renda do capital caíram R$131 milhões. A Contribuição Sobre o Lucro Líquido, por exemplo, chegou a cair R$ 287 milhões. O pior de tudo é que grande parte desses recursos arrancados do trabalhador assalariado vão parar no bolso dos rentistas pois são utilizados para pagamento de juros. As 5 mil famílias mais ricas do país, que detêm patrimônio equivalente a 42% do PIB, agradecem. São elas que recebem uma parte significativa desse dinheiro pois detêm grande parte dos títulos da dívida púbica. Os estrangeiros também se beneficiam enormemente. Recentemente foi divulgado o aumento da participação de estrangeiros na compra de títulos, e eles ainda têm isenção de impostos sobre esses ganhos. E o Brasil gasta quase 40% do que arrecada em pagamento de juros!
As grandes fortunas e os juros