A convenção do PSOL acontecida no último sábado escolheu a companheira Marliane Santos como vice de Pedro Ruas. Uma escolha simbólica: ela é uma mulher negra, símbolo da opressão que vivem as mulheres, os negros em geral e as mulheres negras em particular. Mas ela é também fundadora do PSOL, militante de primeira hora, dirigente do CPERS/Sindicato, onde representa um setor que é ainda mais mal tratado do que os professores: os funcionários de escola.
Mas a notícia do dia hoje é a escolha de Berfran Rosado para vice da Yeda. O mesmo Berfran que foi candidato a vice-prefeito na chapa de Manuela para a prefeitura agora está com Yeda. Essa situação fala por si mesma. Quanto aos demais, a dança das cadeiras foi grande, mas todos se acomodaram: o PSB que tentou mas não conseguiu uma aliança com o PP, do escândalo do DETRAN, acabou vice na chapa do PT. O PDT que apoia Dilma, está na chapa de Fogaça, que apregoa uma “neutralidade ativa”, se é que isso existe, mas teve como vantagem a Prefeitura de Porto Alegre.
Agora me digam: alguém ouviu falar em programa na composição dessas alianças? Alguém ouviu falar de propostas? Alguém ouviu falar em critérios, como ética na política, combate à corrupção? Nada. Só interesses mesquinhos, cargos, tempo de TV, apoio de prefeitos, vereadores etc… O PSOL fica fora dessa dança. Nossa música é outra!