O vereador Pedro Ruas, líder da oposição na Câmara de Porto Alegre, insistiu mais uma vez nesta quinta-feira, 20, na abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o esquema de corrupção existente na Secretaria Municipal da Saúde – e que resultou na morte do ex-secretário Eliseu Santos, no dia 26 de fevereiro. Ao ler o noticiário policial, ele soube que mais dois nomes haviam sido enviados para a Vara do Júri. Para Ruas, “os vereadores não devem apenas ficar seguindo na imprensa as investigações do Ministério Público.” Segundo ele, a CPI seria a investigação política e é responsabilidade dos vereadores.
O MP incluiu o nome do presidente do PTB na Capital, José Carlos Brack, por possível envolvimento em corrupção, e do apenado Jonatas Pompeu Gomes, irmão do homem acusado de matar o secretário. Integrantes do MP evitaram dar detalhes sobre as novas denúncias. Também não revelaram as possíveis provas ou os indícios nos quais foram baseadas. Confirmaram apenas que Brack não está sendo apontado diretamente pela morte do ex-vice-prefeito, mas ressaltaram que o político entrou na lista encaminhada à 1ª Vara do Júri porque teria participação no esquema de pagamento de propina supostamente interrompido por Eliseu.
De acordo com o esquema apurado, o empresário Jorge Renato Hordoff de Mello, dono da empresa Reação, pagaria R$ 10 mil mensais a Marco Antônio de Souza Bernardes, ex-assessor jurídico de Eliseu, para poder continuar prestando serviços de segurança em postos de saúde. Segundo declarações de Mello, Bernardes teria dito que o dinheiro seria usado na campanha eleitoral do secretário da Saúde e de candidatos do PTB neste ano. Ambos foram denunciados como mandantes da morte de Eliseu Santos.
Fonte: Wálmaro Paz