Professores se mobilizam na Praça da Matriz
Professores se mobilizam na Praça da Matriz

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Crédito: Wálmaro Paz

Em assembleia geral nesta terça-feira, 30, os educadores do Rio Grande do Sul reafirmaram a rejeição ao projeto do governo que cria a remuneração mínima de R$ 1,5 mil. A categoria também rejeitou, por unanimidade, a intenção do governo de vincular o projeto de remuneração com o de reajuste salarial.

Mais de 3 mil trabalhadores em educação aglomeraram-se na Praça da Matriz, em Porto Alegre, desde as primeiras horas da manhã. A deputada Luciana Genro e a vereadora Fernanda Melchionna estiveram lá. A assembleia foi aberta às 10h30min e em seguida suspensa para que a direção da entidade pudesse negociar com os deputados estaduais alterações na proposta original do governo.

Com a informação de que os projetos da educação serão apreciados amanhã nesta quarta-feira, 31, a assembleia foi encerrada no final da tarde. A categoria permanece em vigília hoje para acompanhar as negociações. O conselho geral do Cpers/Sindicato está de plantão na Praça da Matriz.

Já os professores da Uergs – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul cobram nomeações com aulas na praça. Faltam pelo menos 21 professores para a instituição. Docentes ofereceram nesta semana uma aula no local, em frente ao Palácio Piratini. Estudantes de Novo Hamburgo tiveram uma lição de genética e os colegas de Porto Alegre ouviram uma palestra sobre a Praça da Matriz e o Centro Histórico.

A categoria entrou em greve. Os professores estão preocupados, porque a legislação não permite chamados após 6 de abril, considerado período eleitoral. “Somos cem docentes para atender a mais de 3,3 mil alunos espalhados em 24 municípios em todo o Estado. É uma situação muito difícil”, conta Maximiliano Segala, um dos representantes da Associação dos Docentes da Uergs.

Além da nomeação dos servidores, a categoria reivindica novo concurso público para ampliar o quadro de professores. Também cobra reajuste salarial de 9,92% e gratificação de 15% enquanto não for aprovado o plano de carreira.

Em novembro de 2009, Luciana esteve na unidade de Sant’Ana do Livramento da universidade e constatou a situação de abandono em que se encontra a instituição: “O que mais me impressionou é o fato de ter apenas um professor para um curso todo!” Ela também recebeu uma carta dos alunos, que descrevem o que se passa na unidade: “O pólo da Uergs Sant’Ana do Livramento está passando por um período muito difícil e de total descaso e abandono. Sofremos com uma grande falta de docentes. A Uergs não merece ser abandonada. Temos direito de estudar com dignidade.”

Luciana encaminhou ofício ao presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, solicitando uma audiência para os alunos. Ela incluiu ainda emenda no Orçamento da União de 2010 para compra de equipamentos para a Uergs de Livramento.


Com informações de cpers.org.br e Zero Hora