Na sexta feira, encerrando a semana do Dia Internacional da Mulher, tive a alegria de participar de um debate organizado pelo coletivo Todas as Vozes – oposição à atual direção do DCE da UFRGS. Em excelente companhia, junto com a ex-reitora Wrana Panizzi, a dirigente do CPERS Neiva Lazarotto, a dirigente do MST Nina Tonin e a cantora Mariette, falamos sobre a situação da mulher, nossas lutas e embates. O encontro me permitiu relembrar o meu primeiro discurso, que foi no Julinho em 1985, no Dia Internacional da Mulher. Contei essa história lá por que a Mariette, hoje cantora, era a presidente do grêmio do Julinho naquele ano. Foi a primeira (e única?) mulher negra a presidir aquele grêmio. Eu era recém-chegada na escola, mas já havia me apresentado no grêmio para colaborar. Tínhamos combinado de fazer um comício-relâmpago no intervado das aulas no dia 8 de março. Mariette, a nossa presidente iria discursar. Só que ela ficou doente, e não pode ir ao colégio. Então sobrou pra mim. Subi na cadeirinha e fiz meu primeiro discurso. Não lembro nada do que eu disse, mas a emoção ficou comigo para sempre.
Lembrança do meu primeiro discurso