Servidores exigem retirada do pacote de Yeda
Servidores exigem retirada do pacote de Yeda

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Luciana Genro em meio aos manifestantes (Débora Birck)

Luciana Genro em meio aos manifestantes (Débora Birck)

Milhares de servidores públicos realizaram um ato público na manhã desta terça-feira, 1º de dezembro, em Porto Alegre, para exigir a retirada da Assembleia Legislativa de um conjunto de projetos que atacam direitos dos trabalhadores e destroem os serviços públicos. No final da manhã, um documento foi entregue aos líderes de bancada solicitando o empenho na luta pela retirada dos projetos. O documento também foi entregue ao presidente do Legislativo, Ivar Pavan, e protocolado no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.

O conjunto de propostas encaminhadas pelo governo ao Legislativo conseguiu unificar as diversas categorias do funcionalismo. Servidores do Judiciário, do Ministério Público, da Educação e da Segurança poderão entrar em greve neste final de ano caso os projetos não sejam imediatamente retirados. Em reunião do seu conselho, a União Gaúcha também aprovou a rejeição do pacote.

Enquanto concede aumentos para os altos salários, Yeda submete a grande massa do funcionalismo à miséria. O governo gaúcho paga os piores salários do país para os servidores da segurança. Já para os trabalhadores da educação, que estão sem reajuste salarial há mais de três anos, o governo nega a aplicação do piso nacional e ainda quer retirar o plano de carreira dos professores, implantando a meritocracia e pagando um completivo salarial que atinge uma pequena parte da categoria e sobre o qual benefícios obtidos ao longo da carreira não são incorporados.

As entidades representativas do funcionalismo gaúcho não descartam a realização de uma greve geral caso os projetos continuem tramitando no Legislativo. Os servidores não aceitam só a retirada do regime de urgência. É preciso que os projetos sejam definitivamente retirados. Os ataques de Yeda conseguiram unificar os servidores em torno de uma bandeira única: a rejeição ao pacote e a exigência de sua retirada do Legislativo.


Fonte: Cpers/Sindicato