Triunfo da mobilização popular!!!
Não à repressão golpista!!!
A entrada do presidente deposto Manuel Zelaya em Honduras é uma enorme vitória dos 85 dias da resistência hondurenha. Esta nos coloca a urgente tarefa de redobrar a solidariedade continental com a resistência, no momento em que se tem aberto uma confrontação entre o povo e a ditadura. Se abriu uma nova situação que nos coloca a tarefa urgente de apoiar os próximos passos a serem realizados nos dias seguintes em Honduras e também preparar com toda nossa dedicação o encontro que eles marcaram para os dias 7 e 8 de outubro.
Não se pode entender que Zelaya tenha entrado no país – sem nenhuma negociação com o regime, ou melhor dito, inclusive o surpreendendo – se não graças à poderosa resistência hondurenha, que deu um salto no dia 15 de setembro. Como afirmaram companheiros centro-americanos vinculados à Frente de Resistência Nacional, “este dia em que se celebra a independência da América Central, a resistência mobilizou, segundo alguns dirigentes, como Rafael Alegría, 3,5 milhões de pessoas. Apesar de não termos como comprovar essa quantidade, pois se refere a mais de 20 mobilizações realizadas em todo o país, afirmamos que a mobilização em Tegucigalpa, da qual participamos, havia não menos que 150 mil pessoas”.
A resistência não só não se desgastou nos seus 85 dias como, pelo contrário, seguiu avançando, gerando o que podemos chamar de uma revolução popular democrática, um processo de mobilização tão ou mais profundo do que os que viveram em seus momentos Venezuela, Bolívia e Equador.
A entrada de Zelaya e seu posicionamento na embaixada brasileira, fortalece esse processo aberto, e estabelece de fato dois poderes: Zelaya e o povo mobilizado de um lado, e a oligarquia golpista do outro. Como vai se definir esse processo dependerá da força da mobilização popular para enfrentar o regime e da atuação da direção da resistência.
Outro elemento que permitiu o crescimento da resistência foi o isolamento internacional do regime golpista. Esse isolamento é também produto do ascenso continental que vive a América Latina e que se expressa no papel que tem jogado os países da Alba, encabeçados pela Venezuela, que se posicionaram incondicionalmente pelo retorno de Zelaya.
Essa situação é também o que explica que o imperialismo yankee não pudera apoiar abertamente o golpe, e que o presidente Obama teve de manter o seu rechaço ao governo golpista e a posição de uma saída negociada com a volta de Zelaya.
As próximas horas e dias serão chave para o desenlace do processo hondurenho. No retorno ao seu país, Zelaya disse: “Pátria, restituição ou morte!” Também disse que o acordo proposto pelo presidente da Costa Rica, Arias, já não serve. Essa foi a posição transmitida pelo embaixador nicaraguense na reunião de urgência da OEA.
A essa hora, começou um confronto entre a resistência e a ditadura golpista que tenta retirar os manifestantes posicionados na embaixada brasileira.
POSICIONAMOS ABERTAMENTE CONTRA A REPRESSÃO E PELA RENUNCIA DO GOVERNO GOLPISTA E EM APOIO À IMEDIATA RESTITUIÇÃO DE ZELAYA AO PODER, PELA MAIS AMPLA SOLIDARIEDADE E COLABORAÇÃO COM A FRENTE DE RESISTÊNCIA NACIONAL.
É hora de desenvolver uma ampla e incondicional campanha de solidariedade no movimento social brasileiro, denunciando a repressão do governo golpista, se solidarizando com a resistência e preparando uma importante delegação para se fazer presente no encontro de Honduras.
Secretaria de Relações Internacionais do PSOL
Parlamentares fazem ato em frente à embaixada hondurenha no Brasil
Comissão irá até Honduras acompanhar fatos e apoiar Zelaya
Um grupo de parlamentares supra-partidário promoveu ato nesta quarta-feira, 23, em frente à Embaixada de Honduras, em Brasília. A atividade foi em apoio ao retorno de Manuel Zelaya à presidência daquele país. Na Câmara dos Deputados, foi aprovado requerimento do líder do PSOL, Ivan Valente, para constituição de uma comissão para ir até Honduras e acompanhar o desenrolar dos fatos.
Além de Valente, também estiveram presentes no ato o deputado Chico Alencar e o senador José Nery, entre outros parlamentares, que entregaram um manifesto em solidariedade ao povo hondurenho em sua jornada de lutas e de mobilização pelas liberdades naquele país. Também estavam presentes o presidente do PSOL no Distrito Federal, Antônio Carlos de Andrade, o Toninho, e integrantes do MST e da Via Campesina.
Os manifestantes também repudiaram as agressões à embaixada brasileira em Honduras, que acolhe o presidente deposto.
Fonte: Liderança do PSOL
PSOL vai à Esquina Democrática em apoio à luta hondurenha
Na próxima segunda-feira, 28, o PSOL no Rio Grande do Sul focará sua tradicional atividade na Esquina Democrática, centro de Porto Alegre, no apoio à resistência hondurenha contra o golpe. A deputada federal Luciana Genro, os vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna e o presidente estadual da sigla, Roberto Robaina, estarão presentes no ato, que exigirá o retorno de Manuel Zelaya à presidência de Honduras.