PSOL volta à AL para defender impeachment de Yeda
PSOL volta à AL para defender impeachment de Yeda

| Notícias
Fotos: Letícia Heinzelmann

Fotos: Letícia Heinzelmann

A deputada federal licenciada Luciana Genro e os vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna voltaram nesta quinta-feira, 6, à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, para se reunir com o presidente Ivar Pavan. Ruas apresentou um histórico sobre o processo de impeachment contra a governadora Yeda Crusius protocolado na Casa em junho de 2008. Ele lembrou que, na época, já existiam fortes indícios de irregularidades no governo, agravados pelas denúncias apresentadas pelo PSOL em fevereiro, que abordavam fatos ocorridos desde a campanha eleitoral de 2006. “Com a divulgação, ontem, pelo Ministério Público Federal, de que Yeda e outros oito membros do governo são réus de ação cível por improbidade administrativa, a apreciação do impeachment se torna ainda mais imperativa, porque o afastamento da governadora pode se dar de forma judicial, mas nós entendemos que deve partir da Assembleia, da representação popular.”

Luciana apontou que a instalação de uma CPI para apurar fatos que já foram investigados pelo MPF pode ser uma manobra de distração da opinião pública. “Pode-se perder tempo com esse inquérito e, assim, a Assembleia perder o protagonismo no afastamento de Yeda. Além de que, na área judicial, pode virar uma guerra de liminares, deixando o Rio Grande do Sul sob uma administração instável. Aberto o processo de impeachment, garante-se um afastamento estável da governadora durante as investigações.”

Para Pavan, a instalação da CPI não impede a apreciação do impeachment. Ele lembrou que a base aliada do governo conta com maioria na AL, e que os votos que migraram a favor da CPI, podem não ser favoráveis ao impedimento. O presidente afirmou que não tem poder para levar o processo ao Plenário: “O pedido está na Comissão de Justiça e lá há autonomia. Seria prudente até falar com o presidente da comissão.” Fernanda, porém, lembrou o deputado de que quem preside o grupo é Alceu Moreira, mesmo parlamentar que presidia a AL à época da protocolização do processo, que o arquivou. Ainda assim, Pavan prometeu que fará com que o pedido do PSOL chegue às mãos de todos os deputados da comissão. Disse ainda que dará apoio ao processo caso ele chegue a Plenário.