O Ministério Público Federal ajuizou na tarde desta quarta-feira, 5, ação de improbidade administrativa contra nove envolvidos na Operação Rodin. A governadora Yeda Crusius, seu marido, Carlos Crusius, os deputados José Otávio Germano, Luiz Fernando Záchia e Frederico Antunes, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, o ex-secretário Delson Martini, a assessora direta da governadora Walna Vilarins Menezes e o diretor do Banrisul Rubens Salvador Bordini foram arrolados como réus.
Os procuradores da República no Rio Grande do Sul Jerusa Vicieli, Ivan Cláudio Marx, Fredi Everton Wagner, Adriano dos Santos Raldi, Alexandre Schneider e Enrico Rodrighues de Freitas apresentaram uma inicial com 1.233 páginas para a juíza Simone Barbisan Fortes, da 3ª Vara Federal de Santa Maria, exigindo liminarmente o afastamento dos denunciados dos cargos, o bloqueio dos bens dos réus, a quebra do sigilo fiscal e bancário e a cassação dos seus direitos políticos.
Além da ação civil de improbidade administrativa, os procuradores disseram que existe uma representação penal contra eles baseada nas investigações da Operação Rodin e da Operação Solidária da Polícia Federal. É a primeira vez na história do Rio Grande do Sul que um governador e um presidente do Tribunal de Contas ficam nessa posição.
As acusações também são de enriquecimento ilícito. E pede a devolução de pelo menos R$ 44 milhões desviados do Detran. “Partimos dessa base de cálculo, mas o montante pode ser maior”, disse Raldi. Ele foi duro ao acrescentar: “ Não haverá moleza com essas pessoas”.
A entrevista coletiva teve a presença de 47 jornalistas dos mais diversos veículos do Estado e do país. A deputada federal licenciada Luciana Genro acompanhou a coletiva pelo rádio na sede do PSOL, ao lado do presidente estadual do partido, Roberto Robaina, e dos vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna. O PSOL já havia levantado denúncias contra o governo gaúcho em fevereiro deste ano.
por Wálmaro Paz