A semana vista pelo PSOL
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MPF abre ação civil contra Yeda e CPI é protocolada na Assembleia

Depois do Ministério Público Federal anunciar a abertura de ação civil de improbidade administrativa contra Yeda Crusius e mais oito pessoas, finalmente foi protocolado na Assembleia Legislativa o pedido de CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as denúncias contra a governadora do Rio Grande do Sul.

A ação do Ministério Público fez com que mais deputados assinassem o pedido de CPI, permitindo que este fosse protocolado.

Portanto, confirma-se que o PSOL tinha razão quando, meses atrás, fez as denúncias contra Yeda. Enquanto isso, os demais grupos políticos vacilaram, sendo que alguns se recusaram a assinar a CPI e outros ainda tentaram punir a deputada Luciana Genro por ter feito tais denúncias. Somente depois, pressionados pelos fatos, outros partidos políticos reconheceram a gravidade das denúncias.

Tudo isso prova que o PSOL é o único partido realmente comprometido com o combate à corrupção no Rio Grande do Sul e no Brasil.

Enquanto Lula diz que ‘mandamos no FMI’, ministro da Fazenda vai a Washington tranquilizar investidores

Nesta semana, o presidente Lula disse que “hoje nós é que estamos dizendo o que o FMI deve fazer”, se referindo ao empréstimo de US$ 10 bilhões concedido ao fundo. A afirmação do presidente dá a entender que o Brasil teria se tornado um país credor e que o FMI não iria mais interferir nas políticas brasileiras. Porém, cabe comentar que o Brasil continua atendendo as imposições do fundo, fazendo superávit primário, privatizações e reformas como a da Previdência. Na realidade, destinar ao FMI os recursos que faltam às urgentes necessidades do povo brasileiro significa fortalecer essa instituição, que continua impondo políticas neoliberais aos países “auxiliados”.

Interessante notarmos que, ao mesmo tempo em que Lula diz que o Brasil está “independente” das exigências do FMI, o ministro da Fazenda vai a Washington para se reunir com investidores internacionais, Banco Mundial, FMI e o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, para mostrá-los que o Brasil irá cumprir a meta de superávit fiscal, ou seja, manterá os pagamentos da dívida.

Gripe suína mata, enquanto bancos lucram

As mortes por gripe A já passam de 140, representando 12% de todas as mortes no mundo. O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro vistoriou o Hospital Getúlio Vargas, onde encontrou uma enfermaria de gripe A fechada pela falta de profissionais. Dentro, estava uma paciente da nova gripe dividindo espaço com idosos. A Secretaria Estadual da Saúde manifesta preocupação com as gestantes, nas quais a doença estaria sendo infinitamente mais agressiva. Três grávidas já morreram naquele estado.

O Ministério Público investiga as ações das autoridades municipais e estaduais da cidade de Campos (RJ) para o combate à nova gripe, que lotou os hospitais e fez o município vizinho de Macaé declarar estado de emergência, com um aumento de 40% no atendimento das unidades de saúde.

Enquanto a saúde pública sofre sem recursos, os bancos não páram de lucrar, mesmo em período de crise. O Bradesco anunciou aumento de 3% em seu lucro no primeiro semestre de 2009, em comparação ao mesmo período de 2008. Com a chegada da crise, os bancos privados reduziram a concessão de crédito a pessoas e empresas, e passaram a investir mais em títulos da dívida pública, que lhes garantem altos ganhos, mesmo em períodos de crise. Com seus lucros garantidos, o setor financeiro nacional – que é altamente oligopolizado – somente se dispõe a financiar as pessoas e empresas a juros altíssimos, o que também contribui para os ganhos das instituições financeiras.

Câmara irá discutir o acordo de Itaipu

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou a realização de audiência pública (ainda sem data marcada) para discutir o acordo do Brasil com o Paraguai, relativo à Usina de Itaipu. O autor do requerimento dessa audiência alega que o aumento de US$ 240 milhões anuais nos pagamentos ao Paraguai pelo uso da energia de Itaipu iria onerar o povo brasileiro para beneficiar indevidamente nosso país vizinho.

Porém, essa foi uma concessão muito pequena do Brasil, se comparada às grandes ilegitimidades da dívida de Itaipu. Somente os juros anuais da parte paraguaia da dívida de Itaipu com o governo brasileiro representam o triplo de tais US$ 240 milhões. Cabe ressaltar também o fato de que os juros pagos pelo Paraguai não beneficiam o povo brasileiro, mas são destinados, principalmente, ao pagamento da dívida brasileira com o setor financeiro.