Sr. presidente, sras. e srs. deputados,
O governo legítimo de Honduras, encabeçado pelo presidente José Manuel Zelaya, foi deposto por um golpe de Estado militar, encabeçado por Roberto Micheletti, que já vem sendo chamado pelo povo hondurenho de “Pinocheletti”. Em meio à legítima revolta popular, líderes populares foram encarcerados, meios de comunicação fechados e presos os jornalistas que não se submetem a legitimar esse regime.
Todos os governos do mundo condenaram o golpe e, ainda assim, os usurpadores do poder legítimo seguem governando. Nesta terça-feira, o presidente legítimo de Honduras, Manuel Zelaya, chamou o povo hondurenho a que “não deixem as ruas, que é o único espaço que não nos tiraram”, e disse ainda que “ o direito à insurreição é um direito constitucional” e que “ a insurreição é a única alternativa que restou como medida de expressão do povo”. Ele disse ainda que “as greves, as manifestações, as ocupações, a desobediência civil são um processo necessário quando se violenta a ordem democrática de um país”.
Em nome da Secretaria de Relações Internacionais do PSOL, quero declarar que nosso partido se soma ao chamado à insurreição feito pelo presidente Manuel Zelaya. A insurreição popular é a única resposta possível diante da flagrante violação da ordem constitucional legítima, dos direitos do povo e da democracia. Nos solidarizamos com o povo hondurenho que vem lutando bravamente contra ests golpe. Nos somamos também à declaração das diversas personalidades e organizações internacionais que se reuniram no Seminário Internacional ‘Crise do capitalismo, recolonização e alternativas populares’, em La Paz, Bolívia: “ Nosso chamado é a solidariedade internacionalista mundial com nosso irmão, o povo hondurenho. Todos e todas somos hondurenhos. Estamos em pé de guerra. Nos declaramos em estado de mobilização permanente.”