A deputada federal Luciana Genro e a vereadora de Porto Alegre Fernanda Melchionna participaram neste sábado, 18, de um bate-papo com os jovens, na sede do PSOL da capital gaúcha. A juventude lotou o local, e também chamou a atenção a presença de estudantes e professores da Ulbra – Universidade Luterana do Brasil, que vem passando por uma grave crise, que culminou na renúncia de seu reitor, Ruben Becker, condição para que o Ministério da Educação colaborasse com a instituição.
Luciana contou aos presentes um pouco de seu trabalho em Brasília, dando especial destaque para a crise econômica mundial. A parlamentar criticou a postura do presidente Lula, que classificou o impacto da turbulência global no Brasil como “marolinha”. “Até agora, a única resposta do governo à crise foi a redução de IPI, o Imposto sobre Produtos Industrializados, o que só ajuda os empresários, prejudicando milhares de municípios que precisam do repasse desses recursos”, apontou, citando ainda o programa Minha Casa, Minha Vida, que na verdade se trata de propaganda enganosa: “O próprio Lula teve que admitir que não há recursos para construir nem 5 milhões de casas, o que reduziria o déficit habitacional em apenas 10%. Além disso, é uma grande publicidade para a ministra Dilma, que está em plena campanha para 2010.”
Porém, Luciana lembrou que as pesquisas mostram que Dilma Housseff não tem o potencial eleitoral de Heloísa Helena, e que, apesar disso, não vemos nossa presidente na mídia. “Mas a força de Heloísa mostra que estamos construindo um alternativa de esquerda para o país. Heloísa Helena ainda é maior que o PSOL, mas estamos no caminho certo.” Ainda sobre a construção de uma política socialista, a deputada citou o combate a corrupção, que é encabeçada pelo PSOL em todas as esferas do poder, como no governo Yeda ou nos tentáculos da quadrilha de Daniel Dantas no governo federal.
Para finalizar, Luciana contou sobre algumas atividades pontuais que esteve realizando nesta semana. Uma delas foi sua visita a Roraima, para apoiar a luta dos militares daquele estado por melhores salários e pela anistia à greve. Outra foi sua participação na marcha de alunos e funcionários da Ulbra, ocorrida ontem.
Em seguida, Fernanda contou ao público sobre sua trajetória política, que iniciou na luta contra as privatizações do governo Britto. Também falou da importância do movimento estudantil. Mas alertou que é importante que os jovens estejam sempre engajados na construção da história: “Somos nós que temos que contar nossa história, a participação dos estudantes e dos trabalhadores em diversas de suas conquistas. Não podemos deixar que a mídia burguesa conte nossa luta a sua maneira.” Ao final, foi aberto espaço para perguntas e manifestações da platéia.