Sindicatos querem afastamento do reitor da Ulbra
Sindicatos querem afastamento do reitor da Ulbra

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Representantes de entidades trabalhistas debateram sobre a crise na Ulbra

O Simers – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul e mais sete sindicatos que defendem os interesses dos trabalhadores ligados a Ulbra – Universidade Luterana do Brasil vão pedir ao MPF- Ministério Público Federal a interdição da instituição, bem como o afastamento do reitor Ruben Becker.

A decisão foi tomada pelas entidades na manhã de terça-feira, 3, em reunião realizada na sede do Sinpro – Sindicato dos Professores. A audiência com a promotoria será agendada ainda para este mês. “Enquanto isso, a orientação que vamos dar aos nossos associados, assim como as outras entidades sindicais, é de que seja feita a rescisão indireta, para garantir os direitos de quem está sofrendo com os constantes atrasos salariais”, afirmou o diretor do Simers, Neio Lucio Pereira.

Em 27 de janeiro, trabalhadores dos hospitais Universitário, em Canoas, e Independência, em Porto Alegre, iniciaram nova paralisação, ante atrasos no pagamento dos vencimentos referentes a dezembro (veja a situação das categorias abaixo). Nos demais hospitais, os salários já foram colocados em dia.

Os sindicatos ainda buscarão informações sobre a vistoria que a ANS – Agência Nacional de Saúde está fazendo junto ao Ulbra Saúde, plano privado da instituição e que desde o início da crise já perdeu 50 mil clientes. “As informações repassadas pela Ulbra são inexistentes e é preciso mais transparência nesse processo”, reforça Pereira. O Simers apresentou à deputada federal Luciana Genro proposta de instalação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara sobre a crise da universidade.

Participaram ainda dessa última reunião os sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, dos Enfermeiros, dos Trabalhadores em Educação, dos Jornalistas, dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão e dos Auxiliares de Administração Escolar de São Leopoldo e Região.

Situação salarial na Ulbra:

• Médicos, enfermeiros e trabalhadores da Saúde: não foi pago dezembro aos que atuam nos Hospitais Universitário e Independência. Médicos prestadores de serviço estão desde outubro sem receber
• Professores: faltam 80% do 13º e 9,2% do salário de dezembro, mais as férias coletivas
• Trabalhadores em educação: dezembro e 13º não foram pagos
• Auxiliares em administração escolar: maioria não recebeu dezembro e 13º, enquanto da área de segurança, jardinagem e parte de serviços gerais estão em dia.

Requerimento para CPI

No próximo dia 16 de fevereiro, às 15h, todas as entidades trabalhistas ligadas ao caso da Ulbra, bem como os movimentos estudantis, estão convidados para nova reunião, na sede do Simers, para debater propostas para o texto de requerimento da CPI. A deputada Luciana também se fará presente.

O Simers fica na R. Cel. Corte Real, 975 – Petrópolis, Porto Alegre/RS.

Com informações da Imprensa/Simers