Contra o golpe de Estado no Equador
Solidariedade ativa com o governo constitucional de Rafael Correa
Ao menos 150 membros da Força Aérea Equatoriana (FAE) tomaram nesta quinta-feira o aeroporto internacional de Quito. Ao mesmo tempo se fala que foram ocupados diferentes quartéis do exercito.
Os policiais e militares protestam contra uma lei do governo aprovada na Assembléia Nacional que limitou seus benefícios econômicos, benefícios a militares e policiais
Segundo as agencias de noticias já havia advertido nesta quinta-feira que não cederia ante os protestos da polícia, que rejeita a lei aprovada pelo Congresso.
Na TV Correa afirmou “Não darei nenhum passo atrás. Se quiserem, tomem os quartéis, se quiserem deixar a cidadania indefesa e se quiserem trair sua missão de policiais”, afirmou Correa em uma acalorado discurso diante de dezenas de militares que tomaram o principal regimento de Quito.
“Se quiserem matar o presidente, aqui estou, matem-no se tiverem vontade, matem-no se tiverem poder, matem-no se tiverem coragem ao invés de ficar covardemente escondidos na multidão”, afirmou ainda o presidente durante o discurso exaltado. “Se quiserem destruir a pátria, aí está! Mas o presidente não dará nem um passo atrás”.
No discurso Correa não fez chamado a mobilização embora centenas de milhares manifestantes já se dirigem segundo a Telesur a Casa do Governo.
A situação criada no Equador não pode desvincular-se do que ocorreu há mais de um ano em Honduras, onde os militares sequestraram Zelaya e tomaram o poder. Um movimento corporativo pode ser perfeitamente utilizado pela direita e os Estados Unidos e a direita latino americana .
Segundo a imprensa a tentativa de golpe ocorre no momento em que Correa estuda a possibilidade de emitir um decreto dissolvendo a Assembléia Nacional para convocar novas eleições que o permitam continuar o processo de aprofundamento das medidas democráticas e populares tomadas pelo seu governo.
O PSOl faz um chamado imediato em repudio ao golpe de Estado, a se manifestar pela solidaridade ativa com o governo de Correa e a governo brasileiro a tomar uma decisão firme contra o golpe. Se o levante militar continuar o governo deve inclusive enviar de urgência armas e tropas para defender o processo constitucional.
Solidaridade ativa com governo e o povo equatoriano!
Secretaria de Relações internacionais do PSOL