Após 24 dias de greve, o movimento dos policiais e bombeiros militares de Roraima construiu um acordo com o governo para o atendimento de sua pauta de reivindicações salariais e alterações na legislação da categoria. Os grevistas chegaram a ficar aquartelados em três municípios do Estado. Em Boa Vista, o prédio do CPC – Comando de Policiamento da Capital foi ocupado por policiais e seus familiares.
Após longas e cansativas rodadas de reunião do comando de greve dos policiais militares com os comandantes das corporações militares, representantes do governo do Estado, Ministério Público, parlamentares e dirigentes de movimentos sociais, foi construído um acordo que garantia o atendimento da pauta. O principal impasse nas negociações era uma das cláusulas do acordo que tratava sobre a anistia para a punição disciplinar militar para os grevistas, exigido pelo governo e questionado pelo promotor público. Os PMs queriam a garantia de que não seriam punidos, conforme entendimento com o governo, mas os comandantes resistiam.
No entanto, após o acordo e a suspensão da greve, os comandantes abriram um Inquérito Policial Militar e o coronel presidente do IPM exigiu a prisão preventiva da Marco Prisco, da ANASPRA, alegando que sua liberdade significa uma ameaça à ordem pública. Marco Prisco, que também é coordenador nacional do MTL – Movimento Terra, Trabalho e Liberdade, está preso na Penitenciária de Monte Cristo, reconhecida como uma prisão extremamente violenta, o que significa uma real ameaça à sua integridade física. A coordenação do movimento está acompanhando o processo e articulam com parlamentares e dirigentes nacionais a libertação de Prisco.
Relatora do projeto de lei que visa à anistia de policiais e bombeiros militares envolvidos num movimento semelhante no Rio Grande do Norte, e que tramita no Senado, a deputada federal Luciana Genro esteve em Roraima no último 15, prestando sua solidariedade aos grevistas. A parlamentar promete seguir acompanhando o caso.
Faça sua parte e exija a liberdade daqueles que simplesmente lutam por seus direitos.
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