Bancada do PSOL defende financiamento público exclusivo de campanha
Foi realizada na manhã desta quarta-feira, 6, no plenário da Câmara, audiência aberta da Comissão Geral sobre a Reforma Política, que teve como objetivo ouvir opiniões de entidades e movimentos sociais sobre o assunto. Entre as questões debatidas, o financiamento público de campanha, ponto fundamental defendido pelo Partido Socialismo e Liberdade.
A deputada Luciana Genro defendeu o financiamento público exclusivo nas eleições e criticou o investimento privado, que possibilita campanhas milionárias, com grandes jogadas de marketing e criação de personalidades políticas que não existem. “Vende-se, durante a campanha eleitoral, políticos como se fossem produtos de mercado”. Para ela, o Parlamento deve se dedicar à pauta da reforma política, principalmente para o fim do financiamento privado, de modo a permitir igualdade nas disputas eleitorais. A deputada lembrou ainda que o Estatuto do PSOL proíbe o financiamento por empreiteiras e bancos, “uma medida fundamental e essencial para a política brasileira”.
Para o deputado Chico Alencar, o debate coloca a Câmara no patamar da boa discussão, com propostas para o melhoramento da estrutura política brasileira e, consequentemente, para o crescimento do país. “A democracia se aprofunda política e culturalmente no Brasil dessa forma”. Na opinião do deputado, é de interesse público e da maioria do povo brasileiro o financiamento público com controle social.
Outro ponto destacado por Alencar foi a lista partidária. Para ele, o eleitor pode votar no partido, seja socialista, ou comunista, ou democrata, ou liberal, mas também indicar o nome de um candidato – a exemplo do que acontece em países da Europa, por exemplo. “Precisamos descoronelizar a política brasileira”.
O presidente da Casa, deputado Michel Temer, afirmou que sua intenção é aprovar as mudanças previstas na reforma política ainda neste ano. Da reunião da Comissão Geral sobre a Reforma Política participarão representantes do Instituto de Estudos Socioeconômicos, do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade de Brasília, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da Associação dos Magistrados Brasileiros, da Escola Superior Dom Helder Câmara, da Articulação de Mulheres Brasileiras, do Ministério da Justiça, da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, entre outros.
Fonte: Liderança do PSOL