Nesta segunda-feira, 8 de março, celebrou-se os 100 anos do Dia Internacional de Luta da Mulher. Apesar dos avanços ocorridos desde 1910, as mulheres ainda sofrem uma série de discriminações e violências. “Recentemente, uma importante conquista foi a Lei Maria da Penha, que assegura um conjunto de direitos às mulheres vítimas de violência. Entretanto, também nesse caso, o cumprimento é uma luta diária. No ano de 2009, o governo federal executou apenas 20,6% do orçamento destinado a cumprir essa lei. A dívida pública consumiu 25 mil vezes mais recursos do orçamento do que as ações destinadas ao combate à violência contra a mulher”, pondera a deputada federal Luciana Genro.
Luciana, a vereadora Fernanda Melchionna e várias militantes do PSOL, junto com o presidente estadual do partido, Roberto Robaina, foram ontem à esquina das ruas dos Andradas e Gal. Câmara, ponto de grande circulação do centro de Porto Alegre, denunciar esses dados alarmantes. Elas levavam cartazes que pediam o fim da violência e traziam estatísticas preocupantes, como que “74% das mulheres assassinadas já haviam prestado queixa contra seu agressor”.
“O ano apenas começou e dezenas de mulheres já foram assassinadas em nosso país”, lamenta Fernanda. Ela lembrou ainda que hoje as mulheres têm jornada tripla de trabalho, sendo muitas vezes chefes de família, cuidando da casa, dos filhos e ainda trabalhando oito horas por dia com salários inferiores aos dos homens. “Por isso, se a opressão segue, a luta também deve prosseguir!”
Leia mais
Dia da Mulher: 100 anos de luta