A deputada federal Luciana Genro, o presidente estadual do PSOL, Roberto Robaina, e o vereador e advogado Pedro Ruas foram nesta terça-feira, 12, ao Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas se interar sobre os rumos da ação de improbidade administrativa apresentada pelo partido em agosto de 2008, referente à compra da mansão da governadora Yeda Crusius. Diante da notícia por parte do procurador-geral Geraldo Da Camino de que as investigações seguem abertas, as lideranças vão lhe enviar, com o pedido para que sejam anexadas à ação, cópias dos e-mails apresentados ontem à imprensa, durante entrevista coletiva. As conversas via correio eletrônico, reveladas por um interlocutor oculto, mostram que o marido da governadora particiopou da arrecadação de fundos de caixa-dois para a campanha eleitoral tucana em 2006, e suspeita-se que parte desses recursos ainda tenham sido desviados para a compra da residência.
A casa adquirida por R$ 750 mil por Yeda estava avaliada em R$ 1,5 milhão e o proprietário já havia recusado oferta de R$ 1 milhão pelo imóvel. A mansão foi adquirida em 2006, quando Yeda ocupava o cargo de deputada federal e já era governadora eleita. O valor da propriedade é imcompátivel com os ganhos da então parlamentar e de seu marido, professor universitário.
Diferentemente do que Yeda vem dizendo à imprensa, portanto, as suspeitas sobre sua casa não estão extintas. “Ela disse, e é verdade, que o Ministério Público Estadual aprovou as contas. Mas isso foi feito por um procurador indicado pela própria governadora. Há ainda outra ação, esta sim apresentada pelo PSOL, no Ministério Público de Contas, que ainda está apurando os sinais aparentes de riqueza da governadora”, apontou Luciana Genro.