IMPEACHMENT
Pavan aceitará pedido, avalia PT
Embora o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ivar Pavan (PT), a quem caberá a decisão de encaminhar ou não ao plenário o pedido de impeachment de Yeda Crusius, evite antecipar sua posição, seus companheiros de bancada avaliam que ele optará por levar adiante a representação contra a governadora. Gaúcho de Aratiba, no norte do Estado, petista e ligado aos movimentos de pequenos agricultores, Pavan, 57 anos, pretende anunciar sua posição até sexta-feira.
Na opinião do deputado estadual Raul Pont (PT), Pavan não precisa analisar o mérito do pedido neste momento.
– Os elementos são mais do que suficientes. Imagino que ele irá fazer isso (encaminhar a tramitação). Diante do que já tivemos acesso, é flagrante que cabe abrir o processo. Mas, claro, é um julgamento mais político do que técnico. As bancadas por maioria podem dizer que não e aí tranca todo processo.
Caso o petista decida que há indícios suficientes de crime de responsabilidade por parte de Yeda a ponto de justificar a tramitação do pedido, a proposta não passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e será analisada pelos deputados no plenário. Outra opção é arquivar a medida por considerar que não há elementos para abertura de um processo de impedimento.
Pavan pediu pressa à equipe técnica que analisa os dados da ação civil pública por improbidade administrativa do Ministério Público Federal (MPF) a fim de avaliar se contém elementos para justificar um pedido de impeachment. O presidente considera que a iniciativa do MPF teve peso, mas evita antecipar qual será o seu entendimento:
– Não há dúvida de que houve um esquema de corrupção (no Detran). A parte que me cabe deliberar é se a governadora tinha conhecimento e incorreu em improbidade. Se houver dados consistentes no processo, encaminharemos para tramitação. Se não houver, pediremos o arquivamento.