Fotos: Fernando Gomes/ ALRS | Orquestra de NH/ Divulgação
Fotos: Fernando Gomes/ ALRS | Orquestra de NH/ Divulgação

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A Orquestra de sopros de Novo Hamburgo (OSNH) declarou que precisará encerrar seu trabalho após a Prefeitura da cidade deixar de subsidiar as atividades. Ao tomar ciência da situação, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) questionou o Executivo acerca da decisão de cortar as verbas para a instituição e contatou os músicos para apoiar a orquestra.

Fundada há 72 anos pelo maestro Arlindo Ruggeri, a OSNH recebia anualmente cerca de R$ 1 milhão da prefeitura, que era destinado tanto para a manutenção da orquestra quanto para o projeto social Núcleo de Orquestras Jovens, que oferece ensino de música gratuito para crianças e adolescentes de Novo Hamburgo. Em 2008, a orquestra foi tombada como Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Cidade.

“A Orquestra de Sopros é um patrimônio da cidade de Novo Hamburgo. É uma instituição fundamental não apenas para a região do Vale dos Sinos, mas para todo o estado. É triste que os governantes sigam pensando na cultura como algo menor, que pode ser cortado, quando na realidade ela cumpre um papel fundamental no bem-estar, na qualidade de vida e até mesmo na dignidade humana. Ter acesso à cultura é um direito”, afirma Luciana Genro.

A parlamentar está em contato com os músicos e articula uma reunião com a orquestra, ao lado da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL). No ofício enviado ao Executivo, Luciana Genro pede que a decisão seja reavaliada e menciona a relevância da OSNH para educação, cultura e geração de empregos na região.

No documento, a deputada questiona quais os fundamentos específicos que levaram ao corte do repasse destinado à Orquestra de Sopros, considerando que há previsão orçamentária na Lei Orçamentária Anual (LOA) do município, aprovada em 2024, para essa finalidade. Outra preocupação é com os empregos dos 34 músicos e as atividades do Núcleo de Orquestras Jovens, que teve três polos encerrados, prejudicando 75 crianças.

Em nota enviada à imprensa, a prefeitura alegou problemas financeiros para cortar os repasses, dizendo que iria auxiliar a orquestra na “captação de recursos da iniciativa privada”.