Caso de Ariana foi levado à CCDH pela deputada Luciana Genro.
Caso de Ariana foi levado à CCDH pela deputada Luciana Genro.

| mulheres

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa, por proposição da deputada Luciana Genro (PSOL), ouviu o depoimento de Ariana Machado, que relatou assédio sexual, perseguição e LGBTfobia enquanto trabalhava no Frigorífico Minuano, em Lajeado. A Comissão irá cobrar explicações da empresa e acionar o Ministério Público do Trabalho sobre o caso.

Ariana contou que foi assediada sexualmente no local de trabalho, o que inclusive a levou a um quadro de depressão. “Levei até o superior o ocorrido, ele falou que eu era muito sensível e que eu estava enganada”, narrou. Nenhuma instância da empresa teria levado a denúncia a sério, segundo ela, e o assediador seguiu sendo seu colega. Após reclamações, o agressor inclusive teria começado a chamar Ariana, que é casada com uma mulher, de “viada” e “boiola”.

“Além do assédio, é um caso de LGBTfobia, então são dois crimes sendo cometidos. A empresa também foi conivente ao não levar a denuúncia a sério e não punir o assediador. Me disponho a ir ao local conversar com a direção do frigorífico sobre o assunto, mostrando que estamos exigindo uma mudança na postura da empresa”, pontuou Luciana Genro.

Ao seguir reclamando ao RH do frigorífico, Ariana foi trocada de setor e posteriormente demitida, enquanto não houve consequência para o colega que a assediou. Após a demissão, outras mulheres contaram casos semelhantes para Ariana.