Reunião ocorreu na sede da Trensurb, em Porto Alegre.
Reunião ocorreu na sede da Trensurb, em Porto Alegre.

| Transporte público

Os trabalhadores da Trensurb têm enfrentado uma série de dificuldades desde que a empresa passou a estar ameaçada de privatização, há seis anos, além de novos problemas ocasionados pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. A deputada Luciana Genro (PSOL) e o Sindicato dos Metroviários (Sindimetrô-RS) se reuniram com a presidência da Trensurb para informar a situação e cobrar providências.

“O Sindimetrô me procurou com uma série de questões que se agravaram após a enchente. Os trabalhadores precisam de um retorno da diretoria a respeito das condições de trabalho e da reabertura dos terminais”, afirmou Luciana Genro.

A reunião foi um dos encaminhamentos do encontro da Frente Parlamentar em Defesa da Trensurb Pública, da qual Luciana é a coordenadora. O governo Lula se comprometeu em retirar a Trensurb do PND, porém até agora isso não foi concretizado, causando apreensão nos trabalhadores.

Trabalhadores cobraram melhorias no terminal do Mercado Público.

A parlamentar e os funcionários trouxeram diversas preocupações, dentre elas os boatos de que seriam feitas parcerias público privadas na reconstrução das estações atingidas pela enchente. O diretor-presidente, Ernani Fagundes, garantiu que isso não está sendo cogitado e que funcionários serão contratados diretamente pela empresa, sem privatizações. Ele colocou como prazos para a reabertura da estação Farrapos o mês de setembro e da estação Mercado o mês de dezembro.

Os metroviários relataram insegurança e problemas enfrentados pelos trabalhadores que estão atuando nos ônibus que carregam os passageiros de Canoas a Porto Alegre e vice-versa, proporcionados pela empresa enquanto o serviço não é normalizado. “Não há estrutura no terminal de ônibus instalado no Mercado Público. O pessoal fica na chuva, sem banheiro, sem uma sala”, explicou o diretor jurídico do Sindimetrô-Rs, Ronas Mendes Filho.

O diretor-presidente disse que a empresa irá proporcionar uma sala no Palácio do Comércio, próximo ao terminal, para que os trabalhadores possam usar e ter acesso a banheiros. A questão da falta de segurança nas estações desativadas também foi ressaltada como uma preocupação.

O presidente do Sindimetrô-RS, Luis Henrique Chagas, destacou a importância de haver transparência. “A gente trouxe para essa reunião colegas da segurança, manutenção, de várias áreas, para levar as informações de volta para os setores. Porque estamos no escuro, não temos retorno”, criticou. Neste sentido, a deputada Luciana Genro sugeriu que haja um fluxo mais direto, com reuniões periódicas entre o sindicato e a diretoria, para garantir transparência.