A Comissão Representativa dos moradores do bairro Costa do Ipiranga se reuniu com a deputada Luciana Genro (PSOL) para relatar os problemas pelos quais a comunidade vem passando com um aterro sanitário que recebe entulhos oriundos de locais afetados pelas enchentes. A maior parte dos resíduos, que vão desde móveis até animais mortos, são provenientes de Porto Alegre e Canoas. A parlamentar irá se reunir com o Ministério Público para que o órgão exija um termo de ajustamento de conduta.
Dezenas de caminhões carregados com entulhos transitam diariamente pela Estrada Abel de Souza Rosa, uma via sem pavimentação, que não consegue comportar caminhões de três eixos, fazendo com que os moradores fiquem sem acesso a transporte coletivo e transporte escolar, devido à situação da rua. Isso tem impossibilitado diversas crianças de ir para a escola e feito com que trabalhadores e estudantes precisem caminhar dentro da lama para conseguir sair do bairro.
“Entendemos que seja preciso colocar o entulho em algum lugar, mas não é possível que isso seja feito de forma a prejudicar os moradores da região. Precisamos que essas famílias não fiquem abandonadas e isoladas devido a essa situação”, avalia a deputada.
Fernando Coelho, presidente da comissão, relatou que a empresa EGTR, responsável pelo aterro, assinou o compromisso de asfaltar a estrada rural, que atualmente está tomada de lodo, impossibilitando carros de transitarem. Mas, na avaliação da deputada, é preciso que medidas sejam tomadas de imediato para mitigar os transtornos para a comunidade.
Recentemente, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público do Rio Grande do Sul, procuradora de Justiça Ana Maria Moreira Marchesan, e a promotora de Justiça de Gravataí, Carolina Barth Loureiro Ingracio, inspecionaram o aterro. Luciana Genro irá se reunir com elas no dia 12 de julho para solicitar o termo de ajustamento de conduta.
A parlamentar também se comprometeu a estudar a possibilidade de criar um projeto de lei voltado para a compensação ambiental em todos os aterros, pois a região é próxima de outros 10 aterros existentes na cidade.