A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e o vereador Roberto Robaina (PSOL) participaram nesta quarta-feira (05) da reunião que aconteceu na Câmara Municipal.
A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e o vereador Roberto Robaina (PSOL) participaram nesta quarta-feira (05) da reunião que aconteceu na Câmara Municipal.

| Direitos Humanos

A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e o vereador Roberto Robaina (PSOL) participaram nesta quarta-feira (05) da reunião que aconteceu na Câmara Municipal para debater a situação das familias que ocupam prédio abandonado na rua Fernando Machado, no Centro Histórico.

Atualmente, centenas de famílias que ficaram desabrigadas devido às enchentes que atingiram o estado estão ocupando o Residencial Arvoredo. A construção que costumava ser um hotel é dividida em apartamentos contendo quarto, banheiro e cozinha, o que garante privacidade e uma situação mais digna para essas famílias.

“As enchentes que assolaram nosso estado trouxeram uma tragédia gigantesca,mas também trouxeram à tona um problema que estava escondido atrás das cortinas, que é o problema da habitação digna para o nosso povo”, ressaltou Luciana Genro, que é a coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Moradia Digna na Assembleia Legislativa.

Nataly e Maiane, duas jovens representantes dos moradores da ocupação, destacaram o quão importante a estrutura do prédio tem sido nesse momento de fragilidade: “é fundamental dar um mínimo de dignidade para as pessoas, realmente conseguimos dar comida, espaço, privacidade, segurança, estabilidade”, pontuou Nataly.

Também foi relatado que as condições nos abrigos se tornam cada vez mais desfavoráveis, principalmente para crianças e idosos, com problemas de insegurança alimentar, violência policial, falta de locais para banho, dificuldade na utilização dos banheiros. Neste cenário, o prédio, que foi um hotel, se apresentou como uma solução ideal, já que permite que cada família tenha seu espaço reservado. “A gente procura dignidade, a gente se viu em situação da de abrigo, em lugares que nos não seríamos bem tratados e quando saiu aquele projeto do Porto Seco foi outro desespero”, relatou Maiane.

De acordo com laudo da arquiteta Claudia Favaro, o prédio está adequado para uso. Atualmente a Defensoria Pública, que estava presente na reunião, com os representantes Alessandra Kimis, Bibiana Fernandes e Gislaine Mendina, tem acompanhado a situação da ocupação e tomado as medidas legais na luta para manter essas famílias no prédio.

É importante destacar que o valor para reformar o antigo hotel seria menor do que o necessário para construir ou adquirir novas moradias para essas famílias.

Recentemente os moradores sofreram uma tentativa de processo de reintegração de posse, em que a Polícia Civil tentou expulsá-los do prédio, mesmo com as famílias não tendo um local para onder ir.

A Defensoria Pública pretende entrar com um requerimento público, assinado por moradores da ocupação, solicitando uma concessão de maior prazo pelo judiciário, para que essas famílias possam permanecer no edífico enquanto é analisada uma solução para a situação.