A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) recebeu em seu gabinete, Isadora Selau e sua mãe Zeli, para falar sobre as dificuldades que as duas têm enfrentado para conseguir tratamento para Isadora, que nasceu com uma malformação congênita, chamada Hemimelia Fibular Bilateral, que é a ausência da Fíbula e compromete a capacidade de andar. Luciana Genro se comprometeu em levar o assunto para a Comissão de Direitos Humanos e ajudar para que o caso avance.
A mãe de Isadora conta que quando a filha tinha quatro anos sugeriram que as duas pernas da menina fossem amputadas, porém, ela não aceitou, já que existe o tratamento para essa doença, que é feito através de cirurgias de alongamento ósseo e já há casos comprovados de pessoas que voltaram a caminhar. Zeli entrou com um processo judicial, para o Estado arcar com os gastos do tratamento, que são bem altos, já que o procedimento só pode ser realizado em São Paulo, pelo Dr. Bongiovanni, do Hospital Albert Einstein. “Nós não estamos pedindo favor, nós estamos pedindo direito”, comentou Zeli. Ela conseguiu o direito pela justiça, com o município e o Estado dividindo os custos, mas os problemas seguem.
Levaram sete anos para que o tratamento começasse, os médicos estimavam que aos 15 anos, Isadora, que atualmente está com 12 anos, já poderia estar com o tratamento completo e sendo capaz de andar, mas com os atrasos não há mais como saber. E nesse meio tempo, Isadora sofre não apenas com dores e problemas de saúde, mas também com a falta de acessibilidade, algo pelo qual ela e a mãe lutam muito, de acordo com Zeli, mesmo os locais que possuem “acessibilidade”, muitas vezes não os executam de forma correta, por exemplo, com rampas de largura menor que uma cadeira de rodas. “Infelizmente, a burocracia é cega para os problemas das pessoas” destacou Luciana Genro.
Isadora já realizou seis cirurgias e esperou mais de dois anos para realizar a sétima, que deve ocorrer em breve e requer que ela fique em São Paulo por três meses, porém, o problema agora é que o Estado não quer aceitar que Zeli leve a outra filha de 14 anos, “é impensável deixar uma adolescente menor de idade sozinha e afastada da família por três meses, é crueldade”, comentou a deputada. A mãe das meninas não tem como arcar com os custos da viagem, além de hotel e alimentação e agora luta para conseguir o direito na justiça.
Você também pode ajudar, contribuindo para a Vakinha da campanha Todos Por Isadora, para arcar com medicamentos e custos extra: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/todos-juntos-com-isadora