O projeto de lei que criaria a Semana da Diversidade e do Combate à LGBTfobia em Portão, no interior do Rio Grande do Sul, está gerando ataques e sendo distorcido por algumas autoridades públicas da cidade. O assunto foi levado à deputada Luciana Genro (PSOL) pela professora Catarina Galarce Machado, que tem filhos e estudantes que são parte da comunidade.
Luciana Genro convidou Catarina e a autora do projeto de lei, a vereadora Joice Dillenburg, a falarem na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa sobre o assunto, neste dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. “É um dia para refletirmos sobre as perseguições e discriminações que as pessoas LGBTs sofrem no Brasil e no mundo. Precisamos valorizar datas e eventos que sejam promotores da diversidade e da igualdade para todos que fazem parte da comunidade”, apontou a deputada.
A vereadora Joice protocolou o projeto em Portão com o objetivo realizar ações educativas de combate ao preconceito e promover igualdade social. Mas vereadores a acusaram de “querer ensinar crianças a serem gays e lésbicas” e “instituir o kit gay”. “Eles fizeram discursos homofóbicos no plenário, eu sofri ameaças inclusive. Já havia sofrido perseguições anteriormente, quando protocolei o projeto referente ao Dia do Orgulho, e agora que queremos instituir a Semana da Diversidade, também com o objetivo de combater a discriminação. Não tem nada a ver com crianças, inclusive porque quem destila preconceito são os adultos”, apontou Joice.
A Comissão encaminhou que irá oficiar presidente da Câmara de Portão solicitando a transcrição de manifestações LGBTfóbicas e pedindo que tomem providências em relação ao comportamento de vereadores que foram preconceituosos. Joice afirmou já ter registrado boletim de ocorrência e estar tomando as medidas jurídicas cabíveis quanto às ameaças que vêm sofrendo.