As trabalhadoras terceirizadas que atuam nas escolas gaúchas estão mais uma vez reivindicando seus direitos. São inúmeros os casos de empresas terceirizadas que têm atrasado pagamentos de salários, de vale-transporte, vale-alimentação e rescisões. No caso da empresa Benetton, são mais de 200 funcionárias, em sua grande maioria mulheres, que trabalham nas cozinhas das escolas e relatam problemas constantes.
São casos de funcionárias que receberam o pagamento de somente uma parte dos seus salários e benefícios que deveriam ter sido pagos no mês de novembro e ainda não receberam o devido desde o início do mês de dezembro. Muitas delas precisam tirar do próprio bolso o dinheiro da passagem para se deslocar até as escolas.
Nesta quarta-feira (14), as trabalhadoras foram até a frente do Palácio Piratini entregar uma carta com reivindicações ao governo. O protesto foi organizado pelas merendeiras com apoio professora Neiva Lazzarotto, que acompanha as trabalhadoras desde a primeira denúncia quando estava na Direção do 39° Núcleo do CPERS, e da Associação Terceirizados Unidos.
Com a mediação da deputada Luciana Genro (PSOL), que participou do ato, as trabalhadoras entregaram uma carta com suas reivindicações ao chefe de gabinete da Casa Civil, Jonatan Brönstrup. “Nós gostamos de trabalhar nas escolas. Gostaríamos de entrar por concurso público ou contrato, porque a terceirização tem causado problemas e sofrimento aos trabalhadores, deixando as escolas em situação de insegurança”, apontam as merendeiras.
“Esse modelo da terceirização só traz prejuízo para as trabalhadoras e também não é benéfico para as escolas”, colocou Luciana Genro. Há diversos casos de problemas com as empresas terceirizadas, causando muitas vezes que as escolas fiquem desassistidas. A deputada também entregou um documento à Casa Civil, e Jonatan se comprometeu a ler ambos os ofícios, consultar o governo e dar uma resposta até sexta-feira (16).
Confira a íntegra do pedido de providências entregue por Luciana Genro à Casa Civil: