Atendendo a um pedido da comunidade, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) esteve na Vila Dique, na zona Norte de Porto Alegre, no último sábado (24/09). A parlamentar recebeu demandas dos moradores, em especial sobre a falta de luz, que atinge centenas de famílias, algumas há dois meses.
A deputada está encaminhando ofício para a prefeitura e para a CEEE Equatorial cobrando providências para resolução da falta de energia com celeridade. “Lutei contra a privatização da CEEE, assim como sou contra privatizações no geral, por saber que, quando serviços públicos vão para a iniciativa privada, quem paga o preço é a população, que acaba arcando com tarifas mais altas por um serviço precarizado. A comunidade da Vila Dique tem todo meu apoio e irei cobrar até que todas as famílias estejam com luz novamente”, afirmou Luciana Genro.
O corte de luz decorre de problemas na fiação da rua, que gerou queda na chave de transformadores, sendo que em um deles ocorreu inclusive uma explosão. A CEEE Grupo Equatorial foi contatada várias vezes, mas não compareceu ao local para efetuar o conserto, pois alega que está tudo certo com o fornecimento de energia. Isso porque há apenas uma Unidade Consumidora (UC) cadastrada na região, de uma moradora que não está sendo afetada pelo desabastecimento. Os demais moradores querem regularizar o serviço, mas a empresa não atende o pedido, alegando ser área de risco.
“É um absurdo o que está ocorrendo na comunidade, com essas famílias desassistidas de várias formas pela prefeitura e agora ainda sem luz, um serviço essencial inclusive pra saúde, já que há crianças e idosos que utilizam nebulizadores, por exemplo, e precisam de energia pra isso”, ressaltou Luciana Genro.
Entre as dificuldades enfrentadas pelas famílias com o corte de luz está a falta de água, já que algumas casas contam com motor para que a água chegue às torneiras. Outro problema é nos comércios, que perderam produtos com a falta de refrigeração, reduziram as vendas, gerando um prejuízo financeiro, além da maior dificuldade dos moradores de ter acesso a itens básicos, adquiridos nos mercados locais.