A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) esteve presente em encontro com a comunidade de Igrejinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na noite dessa segunda-feira (15/08). A atividade foi organizada pelo professor Luis Carlos Trombetta, ex-secretário de Educação do município.
Luciana Genro prestou contas de seu mandato na Assembleia Legislativa e comentou sobre a situação do país. Um dos focos da conversa foi a educação, que é uma das lutas defendidas pela deputada, tanto em sua atuação como militante quanto em seu mandato. “Uma das coisas que mais me orgulha na minha trajetória é ter fundado o Emancipa, ONG de educação popular que oferece cursinho para jovens carentes, pra que se preparem para o vestibular e o ENEM. Temos feito um trabalho muito bonito, inspirado nos ensinamentos de Paulo Freire”, relatou.
O Emancipa possui ainda outras frentes, como o trabalho social realizado nas periferias de Porto Alegre, em bairros como Restinga e Rubem Berta, alguns dos mais pobres da cidade. Luciana Genro falou ainda sobre a Emancipa Mulher, escola de formação feminista e antirracista, criada com o intuito de difundir conhecimento sobre feminismo, além da conscientização sobre a violência de gênero. “A violência contra as mulheres é um problema gravíssimo, que ocorre há bastante tempo, mas agora aumentaram as denúncias e a percepção da sociedade sobre a gravidade do tema, que antes passava despercebido, com aquela história de que em briga de marido e mulher não se mete a colher”, contou.
Sobre a crise econômica e social, a deputada salientou a necessidade de lutar para mudar a realidade e buscar uma vida mais digna para a população. “Vivemos um momento crítico, com aumento do desemprego, da fome, por isso precisamos nos livrar de Bolsonaro pra poder respirar e buscar um novo modelo de sociedade”, afirmou.
Luciana Genro ressaltou a gravidade da pandemia de covid-19, ampliada pelo negacionismo do governo, que desdenhou do uso de máscaras e das aglomerações, se envolveu com propina na compra de vacinas e ainda reagiu de forma insuficiente no que diz respeito à economia. “O auxílio emergencial proposto por Bolsonaro foi de R$ 200. Com a pressão da oposição conseguimos aumentar pra R$ 600. E, por meio de uma luta encabeçada pela nossa deputada federal Fernanda Melchionna foi possível dobrar esse valor para mulheres chefes de família”, lembrou. De acordo com a deputada, o Auxílio Brasil foi usado por Bolsonaro de forma eleitoreira, pois será concedido apenas até dezembro.
A deputada apontou a necessidade de fortalecer lideranças locais, como Trombetta, que é professor e está contribuindo para o fortalecimento de uma educação emancipadora com sua atuação na região. O ex-secretário da Educação de Igrejinha citou a atuação da deputada e do PSOL em defesa da classe trabalhadora e dos servidores públicos, por um estado forte e contra privatizações. Segundo ele, a direita se articula para conseguir o que quer e ataca minorias. “O que vemos é uma luta de classes. Por isso, é essencial que a esquerda cresça, os trabalhadores se unam para buscar um estado social que garanta educação e trabalho para todos”, defendeu.