A deputada Luciana Genro (PSOL) visitou, durante sua agenda em Santa Maria, o Instituto de Educação Olavo Bilac, maior escola da cidade e região. O instituto completou 120 anos no último dia 20 de setembro e atende cerca de 1.300 estudantes entre o ensino fundamental, médio e ensino de jovens adultos (EJA). Durante os anos de 1961 e 1962, seu avô, Adelmo Genro, foi diretor do instituto.
O instituto foi contemplado no programa Avançar Educação, do governo estadual, para reparos e manutenção, porém a comunidade escolar relata que o investimento ainda não é suficiente. Durante a visita, a diretora e professora, Simone Degrandi, apresentou os espaços da escola e mostrou os principais problemas que a instituição enfrenta. Após a visita à escola, Luciana Genro levou o assunto à audiência pública realizadas pelas comissões de Educação e de Direitos Humanos, abordando sua visita à escola e garantindo que está encaminhando o assunto à Secretaria de Educação. A deputada irá oficiar o governo e cobrar ações efetivas ao Instituto de Educação Olavo Bilac.
“Durante a pandemia, a árvore do pátio da rua ao lado derrubou a estrutura do muro da escola e isso facilitou a entrada de ladrões. A escola foi invadida diversas vezes, uma delas inclusive enquanto fazíamos um boletim de ocorrência de uma invasão anterior”, relatou a diretora, mencionando apenas um dos problemas apresentados.
Olavo Bilac é uma escola referência na cidade e ocupa cerca de uma quadra, o prédio principal completou 120 anos e os prédios anexos da escola têm cerca de 80 anos, todos sem reparos há anos.
Simone apresentou alguns principais problemas, para que sejam levados à Comissão de Educação, da qual Luciana é integrante. Dentre eles, estão:
- Infiltração nas salas de aulas;
- Cobertura de prédios com estrutura comprometida;
- Infestação de cupim em diversas salas;
- Refeitório que não comporta o número de estudantes da escola – por turno, a escola recebe 400 estudantes, já o refeitório, tem capacidade para 10 estudantes;
- Salas de aula com água nos fios elétricos.
A instituição recebe, mensalmente, cerca de R$5 mil de verba para a manutenção. Dessa verba, a escola precisa, além de manter toda a estrutura, comprar gás para preparar a alimentação dos estudantes e contratar equipe para cortar a grama do pátio, ambos excedendo o valor do repasse.
Por conta do baixo valor do repasse mensal e da demora do governo em responder obras urgentes, ex-alunos, pais e mães criaram uma associação independente para arrecadar fundos para que reparos mais urgentes sejam realizados de forma mais rápida.