A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) visitou, na sexta-feira (05/11), a Escola Estadual de Educação Básica Margarida Pardelhas, na cidade de Cruz Alta. A escola está há sete anos funcionando em um prédio hospitalar alugado pelo estado.
A escola, que acolhe mais de 800 estudantes e possui dezenas de funcionários e professores, trabalha de maneira improvisada pois a obra no local anterior não foi concluída por falta de pagamento por parte do estado e pela falência da empresa anterior. Desde então, a administração escolar vem cobrando a retomada das obras para que voltem ao prédio anterior, que possui mais estrutura e espaço para atender os estudantes.
Viviane dos Reis Knachaka, diretora da escola, apresentou as demandas para que sejam levadas à Comissão de Educação, da qual Luciana Genro faz parte. “Diante de um retorno obrigatório de 100% da capacidade das turmas, nós, infelizmente, não conseguiremos seguir todos os protocolos sanitários e cuidados necessários por conta da pandemia. Sabemos que o ensino presencial é essencial, os estudantes quando ficam a semana em casa caem de rendimento, por conta da exaustão do ensino remoto. Mas precisamos que as obras sejam retomadas para atender os alunos com segurança.”, afirmou a diretora.
No prédio atual, as salas de aula funcionam onde anteriormente eram quartos hospitalares, sem o tamanho necessário para turmas com cerca de 30 estudantes. Com o retorno presencial de 100%, a escola não possui estrutura suficiente para atender os protocolos sanitários de 1 metro de distância entre os alunos. Atualmente, a escola funciona com o revezamento de 50% das turmas presencialmente e os demais 50% no ensino à distância. Espaços como refeitório e quadra escolar possuem o tamanho reduzido, criando ainda mais dificuldade nesse período de pandemia.
A comissão criada pela escola, com presença da comunidade escolar, está procurando ajuda para que as obras sejam retomadas o mais breve possível, porém, Viviane afirma que não acredita na retomada ainda em 2021.
Luciana Genro se comprometeu em cobrar ações do governo e levar a pauta à Comissão de Educação. “Todo o esforço da comunidade escolar é essencial para que consigamos cobrar do governo e também acelerar esse processo que já vem se arrastando durante sete anos. Vamos levar esta luta até a Assembleia e solicitar que a Comissão atue”, afirmou Luciana.