A Assembleia Legislativa realiza, no dia 10 de maio, uma audiência pública para debater o plano de carreira dos brigadianos de nível médio. A iniciativa é de autoria dos deputados Luiz Marenco (PDT) e Luciana Genro (PSOL) e ocorrerá no âmbito da Comissão de Segurança e Serviços Públicos, com transmissão nas redes sociais a partir das 15h30.
“Os praças perderam a verticalidade salarial, ganharam mais um nível de soldado, estão se aposentando como soldados e não conseguem mais progredir na carreira. É uma situação que leva ao desânimo, ao adoecimento e em alguns casos até mesmo ao suicídio”, disse Luciana Genro.
“A proposta que está na mesa do vice-governador é vantajosa para todos. Para o Estado, trata-se de uma alternativa viável para a regularização do déficit previdenciário, já para os servidores militares de nível médio, representa motivação, esperança e justiça, uma vez que a categoria está, há mais de 20 anos, em um verdadeiro limbo, sem perspectivas de progredir na carreira”, reforça Marenco.
Em entrevista publicada nesta quinta-feira (29/04), o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Vanius Santarosa, disse que uma proposta de plano de carreira para o nível médio já está pronta e aguardando análise do vice-governador, que também é o secretário de Segurança Pública.
Recentemente, o Departamento Administrativo da Brigada Militar realizou um censo entre os 18 mil integrantes da corporação. A pesquisa revelou que 77% dos brigadianos de nível médio disseram estar insatisfeitos com a carreira, dos quais 34% disseram estar muito insatisfeitos. Quase metade da tropa (46%) está insatisfeita com a remuneração que recebe e pelo menos 23% dos entrevistados relevaram que desejam mudar de profissão.
Quando foi divulgado, em dezembro de 2020, o censo revelou que o efetivo da corporação era de 17.952 pessoas, das quais os soldados representam a imensa maioria: 12.385 homens e mulheres, o que corresponde a 68,98% da Brigada Militar.